Em 2016, o eleitor de Americana promoveu uma grande renovação na câmara da cidade, ao escolher 14 novos vereadores para as 19 cadeiras. Na época, o Poder Legislativo vinha de um desgaste provocado pela crise política, econômica e financeira que se abateu sobre o município, bem como uma onda de revolta com a classe impulsionada por movimentos anticorrupção.

Ao renovar os ocupantes do prédio da Praça Divino Salvador, o eleitor esperava, obviamente, uma evolução que fosse positiva para a atuação de um poder tão fundamental para a democracia e o desenvolvimento. Mas o que se viu, porém, não foi nada do que já não havia sido notado antes.

Entre conchavos, manobras e papeis que excediam ou que ficavam muito aquém de seu alcance, a câmara que encerra sua legislatura neste ano foi, apenas, mais uma que passou por Americana.De volta à

s urnas neste domingo, os eleitores puderam, então, fazer uma nova escolha. Num pleito marcado pelo número recorde de candidatos a vereador – quase 500 – e pelo fim das coligações, os votos deram ao Legislativo uma nova composição.

Dos 19 vereadores com mandato, atualmente, apenas 12 concorreram à reeleição, já que parte deles disputou a campanha majoritária. Destes 12, oito conseguiram convencer a população de que lhes dessem mais quatro anos no poder.As 11 novas caras compõem u

m grupo heterogêneo de experiências, ocupações e afinidades ideológicas. Destaca-se o fato de que esta câmara terá uma representatividade inédita de três mulheres em plenário – até então, nunca houve mais do que duas.

O caminho para um Legislativo eficiente e digno não passa por outro senão o de apego às regras constitucionais que o regem – é preciso fiscalizar com afinco e imparcialidade e propor leis que ajudem e incentivem a melhoria da comunidade. Se rumarem por esta linha, os novos parlamentares terão, sem dúvida, merecido o voto desta cidade.