Considerado dos últimos pilares de sustentação do governo Bolsonaro, o ministro Paulo Guedes e seu ministério têm sido os protagonistas do noticiário nos últimos dias. A aventura econômica do Auxílio Brasil e a especulação da saída do “posto Ipiranga” do presidente colocaram o mercado em ebulição, levando ao velho e conhecido clima de incertezas que ronda este País há anos.

Há de se perceber o leitor – e eleitor – que há muito em jogo nos próximos meses. O desgaste político sofrido pelo governo federal pela condução equivocadíssima do combate à pandemia da Covid-19 tem na melhora do cenário econômico uma tentativa de se debelar a pecha da ignorância quanto ao vírus que já matou mais de 600 mil.

Em claro sinal ao mercado, Guedes e o presidente trataram de colocar panos quentes na situação, que provocou uma debandada entre secretários técnicos do Ministério da Economia. Falou-se em “abraço no social” e “ajuste fiscal menos intenso”. Difícil, portanto, não enxergar contradições em um governo que relutou para pagar um auxílio mais caro na pandemia e, agora, vê com naturalidade romper o teto de gastos para inflar a nova versão do Bolsa Família. 2022 é logo ali.

HM. Situação complicada se viu no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, na última semana. Conforme o LIBERAL denunciou, a lotação e a reforma que ocorrem na unidade fez com que pacientes fossem internados nos corredores, em macas embaixo de bebedouro, inclusive, como revelou a foto que estampou a capa de sexta-feira. Depois da repercussão do assunto, tratou a prefeitura de resolver a situação no pronto-socorro da unidade, iniclusive enviando fotos que mostravam um outro cenário para a reportagem. Enquanto isso, há quem acredite que criticar o que se passa no hospital é mera jogada política da oposição.