As experiências que tivemos no último ano, na condução da política e economia, fazem crer que temos muito a fazer para edificarmos um ano diferente e necessariamente melhor em 2022.

É fundamental reformar a Saúde e propiciá-la a todos os cidadãos, bem como a Educação, a Infraestrutura e a Segurança, mas um dos pontos cruciais é na Economia. Estamos em uma crise que assola a população e que consome o poder aquisitivo das famílias. O emprego é vital!

O grande problema é o Brasil não ter mais planejamento, articulação e políticas que norteiam o desenvolvimento. O governo federal alega que projeta e promove o avanço, mas este não é demonstrado e nem percebido.

Em abril já havia reivindicado em pronunciamento, na Câmara dos Deputados, que o Planalto dialogasse com a indústria, de modo a promover estratégias e preservar o emprego. A manifestação foi feita após anúncio da redução do imposto de importação sobre produtos de informática, telecomunicações e bens de capital, ação que barateou o preço dos artigos importados frente ao valor dos aqui fabricados.

As compras de bens para a indústria de transformação vêm perdendo fôlego. Segundo pesquisa recentemente, o setor reflete incertezas por conta de gargalos nas cadeias e pressões de custo.

A economista do Ibre/FGV, Lia Valls Pereira, destaca que existe discrepância entre as importações da agropecuária e da indústria de transformação. Segundo ela, “para o setor agrícola havia perspectivas melhores, enquanto para a indústria a confiança tem sido baixa de modo geral”.

Essa desconfiança reflete em mais um período ruim. Se o governo não remodelar e trabalhar para uma mudança de rumo, 2022 ficará comprometido unicamente com alta da inflação e do crédito e comprometimento dos brasileiros.