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Preço

Tarifa de água e esgoto em Sumaré vai subir 7,55%

Aumento passa a valer a partir de 25 de março, segundo a BRK Ambiental; prefeito diz discordar

Por Heitor Carvalho

25 de fevereiro de 2021, às 18h54

A tarifa de água e esgoto cobrada em Sumaré terá um aumento de 7,55% a partir de 25 de março. O percentual foi informado pela BRK Ambiental, que administra o serviço no município desde 2015.

De acordo com a empresa, a tarifa mais cara entrará em vigor a partir do dia 25 de março para todas as categorias e faixas de consumo.

O último reajuste aplicado nos serviços de saneamento de Sumaré ocorreu em novembro de 2019 referente ao ano de 2017. O reajuste deste ano considera as recomposições inflacionárias não realizadas em 2018 e 2019.

O índice de 7,55% foi composto por 4,53% aprovados em uma decisão judicial de 2019 e os outros 2,89% foram autorizados em maio de 2020 pela Ares-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

BRK Ambiental é responsável pelo abastecimento de água em Sumaré – Foto: Divulgação / BRK Ambiental

Como base para o reajuste, foi utilizado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que é estimado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), conforme definido no contrato de concessão.

A BRK não reajustou a tarifa entre outubro de 2017 e setembro de 2018 por conta de decisões judiciais. Em 2019, houve um reajuste de 2,54%, enquanto que em 2020 não houve aumento por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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Em nota enviada ao LIBERAL, a empresa afirmou que “já investiu R$ 131 milhões em melhorias nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município”.

Sobre o anúncio do aumento no meio da pandemia, a empresa alegou que “tem adotado diversas medidas diante deste contexto”, como a disponibilização de ferramentas de atendimento digital e suspensão dos cortes de água.

“São investimentos que atendem as necessidades da cidade, promovendo um cenário mais seguro com relação ao abastecimento de água, diferentemente dos últimos anos, além de considerar as demandas relacionadas ao crescimento contínuo do município”, concluiu o comunicado.

O prefeito da cidade, Luiz Dalben (Cidadania), afirmou que discorda do reajuste anunciado pela empresa, mas que a prefeitura está de mãos atadas após uma decisão judicial favorável à BRK.

“Nós recorremos do reajuste da BRK porque entendemos que ela já teve um reajuste muito grande lá no passado. Ainda assim a Justiça entendeu que o reajuste é devido. Nós discordamos, mas respeitamos. Infelizmente, nós não podemos fazer mais nada”, afirmou.

A relação entre o poder público municipal e a empresa responsável pelos serviços de água e esgoto na cidade foi classificada como “sempre foi conturbada”.

“Mas a partir de agora nós precisamos estreitar os nossos relacionamentos e discutir a nossa cidade para conseguir fazer bons projetos para o nosso município. A gente sabe das inconsistências estabelecidas no contrato (de concessão) e isso está sendo discutido judicialmente”, concluiu.

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