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Sumaré 153 anos

Sumaré chega aos 153 anos rumo aos 300 mil habitantes

Cálculo indica chegada à marca até 2025, de acordo com ritmo de crescimento baseado em dados da Fundação Seade

Por Ana Carolina Leal

26 de julho de 2021, às 07h38 • Última atualização em 26 de julho de 2021, às 14h56

Movimentação de moradores na região central de Sumaré.JPG - Foto: Marcelo Rocha - O Liberal

Se mantiver o ritmo de crescimento populacional dos últimos cinco anos, Sumaré chegará aos 300 mil habitantes até 2025, segundo números da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados). O município tem, atualmente, 286 mil moradores. Entre os anos de 2015 e 2020, a cidade ganhou 19.732 habitantes, saltando de 263.480 para 283.212 moradores.

“Sumaré é uma cidade que cresceu muito depressa e esse crescimento é devido quase que exclusivamente à industrialização”, afirma o historiador Francisco Antonio de Toledo, fundador da Associação Pró-Memória de Sumaré.

De acordo com ele, quando a população começou a crescer, nos anos 1950, foi motivada pela industrialização. “Todas as grandes indústrias, multinacionais, inclusive, que vieram para Sumaré foram transformando a cidade. A população duplicava a cada dez anos, chegou a triplicar na década de 1970”.

A grande explosão demográfica de Sumaré se deu, segundo o também fundador e diretor da Associação Pró-Memória, Alaerte Menuzzo, a partir da década de 1960, quando teve início um processo de rápida industrialização, que inseriu o município no cenário estadual e federal como um dos mais associados à reforma tributária iniciada em 1967.

Naquele ano, João Smânio Franceschini passou a ser o prefeito, em mandato que se estenderia até 1969. No seu governo teve início a construção das chamadas vilas populares, financiadas com recursos do Banco Nacional de Habitação, conta Alaerte.

“Elas vieram atender, em pequena parte, a demanda de moradias por uma população que chegava a Sumaré de todos os estados do Brasil, à procura de emprego”, recorda. As três primeiras vilas populares foram Yolanda Costa e Silva, Zilda Natel e Scilla Médici.

Depois dessa fase, intensificou-se no município a autorização para criação de dezenas de loteamentos, que recortaram, segundo Alaerte Menuzzo, o mapa da cidade em três distritos.

“A grande maioria desses loteamentos não exigia melhoramentos básicos. Sumaré teve um crescimento desordenado, que sobrecarregou as futuras administrações municipais, com problemas de saneamento, iluminação e pavimentação, além de problemas nas áreas de saúde e segurança”, explica.

Além disso, afirma Alaerte, o município viu crescer um número elevado de ocupações irregulares de áreas públicas, com as então chamadas favelas.

“No final do século 20, a aprovação de novos loteamentos passou a exigir os necessários melhoramentos básicos. Com isso, surgiram dezenas de loteamentos e condomínios horizontais e verticais. Mesmo com a emancipação do distrito de Hortolândia, em 1991, a população não parou de crescer.”

Para o historiador Francisco Toledo, Sumaré cresceu aos saltos, aos pulos. “Não é um município que cresceu do centro para periferia de uma maneira natural como acontece em outras cidades, organizada, se esparramando e crescendo. No caso de Sumaré foi diferente. A cidade foi crescendo começando pela periferia e criando poucos laços urbanos”.

SERVIÇOS

Hoje, Sumaré está dividida em seis regiões: Centro, Jardim Picerno, Nova Veneza, Matão, Área Cura e Jardim Maria Antônia. Essa regionalização do município se dá, em parte, pelos recortes provocados por rodovias, ribeirão e trechos de linha férrea.

Prefeito de Sumaré, Luiz Dalben (Cidadania) considera que o crescimento da cidade de maneira distante entre os núcleos habitacionais foi ruim, fazendo com que muitos moradores tivessem mais identidade com o próprio bairro e cidades vizinhas do que com o município como um todo.

Apesar disso, diz Dalben, a prefeitura busca trabalhar para contemplar todas as regiões de forma técnica e de acordo com a demanda por serviços. Uma das iniciativas que o governo pretende adotar para reduzir a influência da distância de algumas regiões e dos centros administrativos da prefeitura é a implantação de subprefeituras.

A ideia é transformar as já existentes administrações regionais em postos de serviços públicos administrativos, onde seria possível emitir carnê de IPTU, fazer parcelamento de dívidas, buscar vaga em creche ou se inscrever para cursos. Hoje, as administrações regionais atuam com demandas de zeladoria, como as de limpeza urbana ou trocas de lâmpadas. colaborou joão colosalle

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