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Sumaré

Servidora é presa por desvio de medicamento de alto custo em Sumaré

Suspeita foi colocada em liberdade após pagamento de fiança de R$ 5 mil, na audiência de custódia

Por Cristiani Azanha

29 de julho de 2022, às 16h07 • Última atualização em 29 de julho de 2022, às 16h09

Servidora tentou vender um medicamento que custa em média R$ 2,8 mil por R$ 350 - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Uma servidora municipal de 30 anos foi presa, após ser acusada de desviar medicamento de alto custo da farmácia popular da Prefeitura de Sumaré. Ela teria oferecido a medicação acetato de leuprorrelina ou embonato de triptorrelina, que custa em média R$ 2,8 mil, por R$ 350 para a vítima que procurava o medicamento para a filha. A vítima desconfiou sobre a procedência do medicamento e avisou à polícia que conseguiu localizar a servidora. Ela foi conduzida ao 3º Distrito Policial, onde foi autuada em flagrante por corrupção passiva, peculato e alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, mas recebeu o direito de responder em liberdade durante audiência de custódia. Se condenada, as penas somadas podem chegar a 31 anos de prisão.

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De acordo com a Polícia Civil, uma mulher de 45 anos relatou aos investigadores que foi à farmácia há duas semanas para verificar se o medicamento de alto custo já estava disponível pois ela havia recebido a informação de que sua solicitação foi aprovada. No local, ela foi informada que o medicamento chegaria no dia 18 deste mês.

Passado o período solicitado, ela entrou em contato com farmácia para saber sobe o medicamento e foi informada pelos atendentes que não estariam encontrando o cadastro da filha dela. Já no dia seguinte ela ligou mais uma vez para farmácia e falou com a servidora, que afirmou que o medicamento estava em falta, mas para que a filha da vítima não ficasse sem o remédio, ambas poderiam conversar pelo WhatsApp, pois, segundo a servidora, o marido dela era dono de uma farmácia e poderia lhe vender o medicamento com desconto.

Em conversas pelo aplicativo, a servidora acertou o pagamento via Pix no valor de R$ 350 e um local para entregar o medicamento à vítima que, ao pegar a caixa, notou que o local, onde costuma conter a informação de que a venda do produto é proibida, estava raspada.

Suspeitando se tratar de alguma venda irregular ou corrupção pois o produto, além da adulteração, foi vendido sem nota, a vítima cancelou o Pix, momento em que a servidora passou a ligar em seu número e enviar mensangens cobrando o pagamento.

Com medo das exigências da servidora, que teria acesso aos seus dados na Farmácia Popular, a vítima combinou de entregar o valor exigido em frente ao local de trabalho da funcionária pública.

Antes de comparecer ao local indicado, a vítima acionou a polícia que, de longe, acompanhou o pagamento pelo medicamento e, em seguida, abordou a servidora, que foi conduzida ao distrito policial, onde foi autuada em flagrante.

Durante audiência de custódia foi arbitrado o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil para que ela responda ao processo em liberdade. O valor foi pago e a servidora foi solta, mas terá que cumprir as medidas cautelares de recolhimento domiciliar noturno no período das 21 às 6h, comparecimento mensal em juízo, sob pena de decretação da prisão preventiva. Ela ainda teve suspenso o exercício de sua função pública durante a persecução penal.

“A Prefeitura foi informada por autoridade policial sobre fatos praticados por uma funcionária pública municipal e já adotou medidas administrativas para apuração das circunstâncias, garantindo o cumprimento das leis vigentes e as colaborações naquilo que for solicitado”, cita a nota.

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