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Sumaré

Secretário de Governo de Sumaré é suspeito de cobrar propina para liberar obras

Gaeco apreendeu R$ 157 mil em espécie; prefeitura informou que secretário foi suspenso de suas funções

Por Maria Eduarda Gazzetta

10 de junho de 2022, às 17h15 • Última atualização em 10 de junho de 2022, às 19h12

O secretário de Governo de Sumaré, o ex-vereador Welington Domingos Pereira, o Welington da Farmácia, foi alvo de uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) de Campinas, nesta sexta-feira (10).

Segundo o promotor Rodrigo Lopes, foram identificadas exigências de propina para liberação de alvarás de empreendimentos. Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, inclusive na prefeitura, onde nada foi apreendido. Apesar disso, Welington foi suspenso de suas funções pela administração municipal.

Integrantes do Gaeco, do Ministério Público, deflagram uma operação para cumprir quatro mandados de busca e apreensão na cidade de Sumaré – Foto: DENNY CESARE – CÓDIGO19 – ESTADÃO CONTEÚDO

Com apoio do 1º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) da Polícia Militar, também de Campinas, além da prefeitura, o Gaeco esteve na casa do secretário e na farmácia dele.

“As equipes apreenderam diversos documentos, computadores, pen drives, aparelhos de telefone celular e cerca de R$ 157 mil em espécie, que foram encaminhados à sede do Gaeco para investigação mais detalhada. Tudo indica que ele tentou ocultar o dinheiro na mochila das crianças quando chegamos na casa dele e o restante estava no sofá”, comentou o promotor em coletiva de imprensa.

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De acordo com apuração do LIBERAL, as equipes teriam encontrado nas mochilas dos filhos do secretário R$ 20 mil. No entanto, o advogado do Welington, Ralph Tártima Filho informou à reportagem que o secretário tinha o hábito de toda sexta-feira levar parte dos recursos financeiros com ele para o trabalho.

Welington da Farmácia é suspeito de cobrar propina em obras – Foto: Câmara de Sumaré / Divulgação

“Como ele reside em uma área delicada em termos de segurança, ele sempre transportava [os valores] nas mochilas até a escola, porque ficava em uma área mais tranquila”, justificou o advogado. “É um hábito semanal. Quando chegava no trabalho, ele aguardava a abertura da agência para que pudesse fazer os depósitos bancários”, disse Ralph.

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Ainda segundo ele, o dinheiro transportado era proveniente do comércio e da locação de imóveis de Wellington. O advogado acrescentou que ainda não teve acesso ao processo, que está sob sigilo, para tomar conhecimento das investigações que resultaram na operação desta sexta.

Wellington foi vereador em Sumaré por dois mandatos, de 2009 a 2012 e de 2013 até 2016. Ele foi presidente da câmara em 2015 e 2016.

Prefeitura
A administração informou, por meio de nota, que o secretário teve suas funções suspensas para que ele “possa exercer seu direito de defesa plenamente”.

A prefeitura admite que foram realizadas diligências do Ministério Público na secretaria de atuação de Welington da Farmácia e salientou que compromete-se em adotar “todas as medidas administrativas para aclaramento da situação o mais breve possível”.

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