Sumaré
Relação entre diretor e professores vai parar na Justiça
Gestor da Escola Municipal Dr. Leandro Franceschini pede indenização aos docentes, que o acusam de abuso de autoridade
Por Leonardo Oliveira
07 de dezembro de 2019, às 07h50 • Última atualização em 07 de dezembro de 2019, às 16h29
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/sumare/relacao-entre-diretor-e-professores-vai-parar-na-justica-1117527/
A relação conturbada entre o diretor e quatro professores da Escola Municipal Dr. Leandro Franceschini, de Sumaré, levou à abertura de dois processos na Justiça e um processo administrativo na Secretaria Municipal de Educação. Enquanto os docentes acusam o diretor de abuso de autoridade, ele diz que sua imagem foi denegrida.
Em julho, o diretor Clóvis Adriano Vianna entrou com um processo pedindo R$ 20 mil de danos morais contra professores que apresentaram uma denúncia ao Conselho Municipal de Educação no mês de abril. Ele alega ter sido acusado injustamente.
Em diferentes cartas enviadas ao conselho, os professores André Janzon, Cassiana Domingos, Wagner Dian e Josemar Toledo afirmaram que o gestor não preza pelo bom relacionamento entre os membros da equipe, é agressivo nas palavras, não aceita pluralidade de ideias e humilha e constrange os funcionários.
Eles alegam ainda que Clóvis não atende aos pedidos de alunos e professores para reformas no prédio da escola, que ele não participa dos conselhos de classe e nem das atividades de socialização com os alunos, como festas e feiras científicas.
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Outros documentos ainda foram anexados ao processo contando episódios em que os docentes enxergaram abuso de autoridade. Isso levou à abertura de uma comissão, por parte da Secretaria Municipal de Educação, para averiguar os fatos. A situação repercutiu na imprensa da cidade e o diretor se sentiu lesado.
“Quando as pessoas alegam mentiras aí você tem que procurar os devidos caminhos. Faz 25 anos que eu estou na escola, é fácil as pessoas falarem algumas coisas. Tem outros professores lá. São praticamente 75 professores, então fica difícil falar. Você está ouvindo não o diretor Clóvis, mas o ser humano Clóvis”, disse em entrevista ao LIBERAL nesta sexta-feira.
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A defesa dos professores afirmou, em nota enviada à reportagem, que os relatos dos docentes trazem à tona a situação pela qual passa a escola “por conta de má gestão e, pior, péssimo trato da direção para com o pessoal. Mas tudo isso é objeto de processo administrativo e o mérito será julgado pela prefeitura”.
“Os professores estão cientes e tranquilos de que praticaram ato lícito e moralmente correto, ao apresentarem a denúncia em prol da defesa do interesse público da sociedade de Sumaré”, completou a defesa.
A Prefeitura de Sumaré abriu uma sindicância para apurar a conduta do diretor e que só depois que o relatório for entregue à Secretaria de Educação alguma decisão poderá ser tomada.