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Sumaré

Relação entre diretor e professores vai parar na Justiça

Gestor da Escola Municipal Dr. Leandro Franceschini pede indenização aos docentes, que o acusam de abuso de autoridade

Por Leonardo Oliveira

07 de dezembro de 2019, às 07h50 • Última atualização em 07 de dezembro de 2019, às 16h29

A relação conturbada entre o diretor e quatro professores da Escola Municipal Dr. Leandro Franceschini, de Sumaré, levou à abertura de dois processos na Justiça e um processo administrativo na Secretaria Municipal de Educação. Enquanto os docentes acusam o diretor de abuso de autoridade, ele diz que sua imagem foi denegrida.

Em julho, o diretor Clóvis Adriano Vianna entrou com um processo pedindo R$ 20 mil de danos morais contra professores que apresentaram uma denúncia ao Conselho Municipal de Educação no mês de abril. Ele alega ter sido acusado injustamente.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar caso em escola municipal

Em diferentes cartas enviadas ao conselho, os professores André Janzon, Cassiana Domingos, Wagner Dian e Josemar Toledo afirmaram que o gestor não preza pelo bom relacionamento entre os membros da equipe, é agressivo nas palavras, não aceita pluralidade de ideias e humilha e constrange os funcionários.

Eles alegam ainda que Clóvis não atende aos pedidos de alunos e professores para reformas no prédio da escola, que ele não participa dos conselhos de classe e nem das atividades de socialização com os alunos, como festas e feiras científicas.

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Outros documentos ainda foram anexados ao processo contando episódios em que os docentes enxergaram abuso de autoridade. Isso levou à abertura de uma comissão, por parte da Secretaria Municipal de Educação, para averiguar os fatos. A situação repercutiu na imprensa da cidade e o diretor se sentiu lesado.

“Quando as pessoas alegam mentiras aí você tem que procurar os devidos caminhos. Faz 25 anos que eu estou na escola, é fácil as pessoas falarem algumas coisas. Tem outros professores lá. São praticamente 75 professores, então fica difícil falar. Você está ouvindo não o diretor Clóvis, mas o ser humano Clóvis”, disse em entrevista ao LIBERAL nesta sexta-feira.

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A defesa dos professores afirmou, em nota enviada à reportagem, que os relatos dos docentes trazem à tona a situação pela qual passa a escola “por conta de má gestão e, pior, péssimo trato da direção para com o pessoal. Mas tudo isso é objeto de processo administrativo e o mérito será julgado pela prefeitura”.

“Os professores estão cientes e tranquilos de que praticaram ato lícito e moralmente correto, ao apresentarem a denúncia em prol da defesa do interesse público da sociedade de Sumaré”, completou a defesa.

A Prefeitura de Sumaré abriu uma sindicância para apurar a conduta do diretor e que só depois que o relatório for entregue à Secretaria de Educação alguma decisão poderá ser tomada.

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