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Após perícia

Prefeitura de Sumaré é contra reajuste de tarifa de ônibus

Prefeito descarta possibilidade de passagem no valor de R$ 7,23, apontado em perícia de ação da Ouro Verde contra o governo

Por João Colosalle

21 de julho de 2021, às 08h58 • Última atualização em 21 de julho de 2021, às 08h59

O prefeito de Sumaré Luiz Dalben (Cidadania) se diz contrário ao valor de R$ 7,23 para a tarifa do transporte coletivo no município, apontado em uma perícia determinada pela Justiça no âmbito de uma ação movida pela Viação Ouro Verde contra a prefeitura.

A empresa, que é responsável pelo transporte público urbano desde 2008 na cidade, contesta a falta de reajustes por parte da administração sumareense. Atualmente, a passagem em Sumaré custa R$ 4,40.

Ao LIBERAL, Luiz Dalben disse nesta terça-feira que a prefeitura irá se posicionar de maneira contrária ao valor. “Independente da perícia, a gente precisa analisar os fatos. [O valor de R$ 7,23] Não cabe em Sumaré nem em lugar nenhum”, comentou o prefeito. “Não é o momento de se discutir isso. Um povo que está sofrendo por causa de Covid, que tem dificuldade de ir e voltar para o trabalho, como é que vai aumentar a tarifa para R$ 7?”, questionou Luiz Alfredo.

A discussão sobre a falta de reajustes ocorre na 3ª Vara Cível de Sumaré desde 2019. Naquele ano, a Ouro Verde entrou com uma ação para que a prefeitura aumentasse o valor da passagem e cobrisse os eventuais prejuízos pela não atualização da tarifa.

O transporte público em Sumaré teve a passagem congelada de 2016, quando custava R$ 3,20, até o final de 2020, quando houve um reajuste para R$ 4,40, justificado pelas implicações da pandemia da Covid-19, que reduziu o número de passageiros.

Em outubro do ano passado, uma decisão da juíza Ana Lia Beall na ação determinou que houvesse uma perícia sobre os custos de operação do transporte pela Ouro Verde e o impacto da falta de reajustes.

O laudo pericial foi juntado ao processo no dia 8 deste mês O documento, revelado pelo LIBERAL, no último domingo, traz os gastos da Ouro Verde com o serviço e o quanto a passagem deveria custar para cobrir a operação de 2014 a junho deste ano.

A falta de reajustes, segundo a perícia, teria provocado um “déficit tarifário” de R$ 53 milhões. Na ação, a Ouro Verde pede indenização para a prefeitura pelo prejuízo causado.

Após a juntada do laudo, no dia 8, a juíza determinou que as partes do processo se manifestem sobre o caso, o que ainda não havia ocorrido até esta terça-feira.

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