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Sumaré

Polícia Civil investiga espancamento de gestante

Jovem de 18 anos havia contado inicialmente que fora agredida por um grupo de mulheres, mas agora aponta que autor foi namorado

Por Marina Zanaki

05 de novembro de 2019, às 22h06 • Última atualização em 05 de novembro de 2019, às 22h18

Foto: Reprodução
A vítima contou inicialmente que havia sido agredida por um grupo de mulheres

A Polícia Civil de Hortolândia abriu inquérito para investigar o espancamento de uma gestante de 18 anos que resultou na morte da criança que ela esperava. A agressão ocorreu na sexta-feira, e o óbito fetal foi constatado sábado.

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O inquérito foi aberto na segunda-feira e as testemunhas já começaram a ser ouvidas. “O delegado também aguarda a conclusão dos laudos, que estão em andamento, e que a vítima receba alta hospitalar para prestar depoimento”, explicou a Polícia Civil.

A vítima contou inicialmente que havia sido agredida por um grupo de mulheres, mas na segunda-feira já havia mudado a versão e confirmado a suspeita da família de que o agressor era seu namorado. Em agosto, a vítima já havia sido agredida por ele.

Em vídeo disponibilizado pela família, a jovem conta que as agressões começaram na noite de quinta-feira e se estenderam até a tarde de sexta-feira.

“A minha cabeça tava rachada, a paulada que ele deu com o prego e eu desmaiei, acordei debaixo do chuveiro e ele falou que ia me levar pro hospital, aí ele me jogou em cima da cama e eu dormi(…). Ele me deixou na porta do hospital e perguntou se eu conseguia ir andando porque ele não ia me colocar lá dentro por causa da polícia que tava lá”, conta a jovem no vídeo.

Ela sofreu traumatismo craniano leve, teve fraturas nos braços, rosto e nos pulmões.

O espancamento começou após o casal discutir sobre a filha da vítima. Ainda de acordo com o relato da jovem no vídeo, o namorado sabia que não era o pai da criança, mas irritou-se ao ver que ela havia contado isso para amigas em conversas pelo celular.

“Ele me batia e falava como que eu queria que ele fosse o pai da minha filha sendo que eu falava pros outros que ele não era. Ele me deixou de quinta pra sexta-feira apanhando, levou um amigo dele lá na casa, e falou pro amigo dele que ia atrás do João (irmão da vítima) se eu contasse pra polícia o que tinha acontecido. Isso fez com que eu ficasse em choque, com medo de que acontecesse alguma coisa com meu irmão”, relatou a vítima.

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As agressões foram na casa onde a jovem morava com o namorado em Hortolândia, e não em Sumaré como ela inicialmente havia informado à família.

De acordo com familiares, ela segue internada no Hospital Estadual de Sumaré com quadro estável. A criança foi enterrada nesta terça-feira em um cemitério de Valinhos (SP).

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