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Sumaré

PF cumpre mandados em Sumaré em operação contra tráfico internacional de drogas

Estão sendo cumpridos 38 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão em nove estados

Por Heitor Carvalho

06 de maio de 2021, às 10h33

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Grão Branco, para desarticular quadrilha responsável por tráfico internacional de drogas.

Até o momento, dois celulares foram apreendidos na cidade de Mogi Guaçu – Foto: Reprodução.JPG

Na região de Campinas três pessoas foram presas e outros seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Mogi Mirim, Mogi Guaçu e Sumaré, de acordo com a assessoria de imprensa da corporação.

Não foram informados os endereços onde cada mandado de prisão foi cumprido. Até o momento, dois celulares foram apreendidos na cidade de Mogi Guaçu.

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Cinco equipes deixaram a sede da PF em Campinas por volta das 5h10 para cumprirem os mandados. Todos os presos e apreensões feitos na região serão trazidos para a sede de Campinas.

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No total, os policiais federais cumpriram 110 mandados judiciais em nove estados (MT, MS, TO, AM, MA, PA, RS, PR e SP). Entre os mandados, há 38 de prisão e 72 de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Cáceres, no Mato Grosso.

A Justiça Federal determinou ainda a busca e apreensão de dez aeronaves e o sequestro de todos os bens de 103 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O valor total de bens sequestrado está sendo apurado.

As investigações tiveram início em janeiro de 2019, quando a Polícia Federal e o Grupo Especial de Fronteira – Gefron de Mato Grosso, apreenderam 495 kg de cocaína no município de Nova Lacerda, no Mato Grosso.

Ao longo da operação, foram realizados mais de dez flagrantes com apreensão de aproximadamente quatro toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte e a prisão de mais de 20 pessoas envolvidas com o crime

O líder da organização criminosa, já condenado por tráfico de drogas, encontrava-se foragido da justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, desde a saída da droga daquele país por meio de aeronaves, até o recebimento dela em pistas clandestinas no Brasil, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros urbanos brasileiros.

Em 2020, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana (CERIAN-Centro Regional de Inteligência Antinarcóticos), o líder foi expulso do país e entregue as autoridades brasileiras, iniciando o cumprimento da pena do crime. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa continuaram a comandar a logística de transporte da droga.

Em razão da complexidade da operação, além da atuação da Polícia Federal, foi necessário o apoio da Força Aérea Brasileira, Gefron, PRF, Polícia Civil do Moto Grosso e as polícias militares do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo.

A investigação observa as diretrizes da Polícia Federal no enfrentamento ao tráfico de drogas, que consistem na descapitalização das organizações criminosas, prisão de lideranças e cooperação internacional.

O nome da operação deve-se ao transporte de grãos (soja, milho) do estado de Mato Grosso para São Paulo para justificar as viagens das carretas que transportavam a cocaína.

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