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OPERAÇÃO

Três são presos em Sumaré durante operação da PF contra roubo de cargas

Mandados também foram cumpridos em Campinas e Monte Mor; eles são suspeitos de integrarem organização criminosa

Por Maria Eduarda Gazzetta

02 de junho de 2022, às 11h31 • Última atualização em 02 de junho de 2022, às 19h22

A Polícia Federal cumpriu três mandados de prisão temporária em Sumaré e outros cinco, sendo um deles de uma mulher, em Campinas e Monte Mor, na manhã desta quinta-feira (2). As equipes também cumpriram mandados de busca e apreensão nos três municípios.

A operação batizada de Rapina, cujo significado é roubo praticado com violência, tem como objetivo desarticular uma organização criminosa de Campinas altamente especializada e capacitada em roubo de cargas, principalmente de carne, cerveja, polietileno e agrotóxico, nas estradas do interior do Estado de São Paulo.

De acordo com informações da Polícia Federal, a investigação, realizada em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP (Ministério Público), durou cerca de um ano e meio e identificou ao menos nove roubos realizados pelos integrantes da organização entre julho de 2020 e março deste ano, na região de Campinas.

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O promotor do Ministério Público de São Paulo e do Gaeco, núcleo Campinas, Marcos Tadeu Rioli, relatou que o órgão recebeu denúncias da Polícia Rodoviária sobre roubos de cargas. Desta forma, foram iniciadas as investigações em Campinas com a identificação de alguns alvos. As informações foram compartilhadas com a equipe da PF e, juntos, os grupos identificaram mais pessoas, alvos da operação de ontem.

“A região de Campinas é o epicentro do Estado, quer pela sua alta concentração de empresas, quer pela alta concentração de renda, quer pela alta do mercado varejista e atacado, tem sido uma região que tem sofrido muito”, explicou durante coletiva de imprensa, o delegado de Polícia Federal e chefe da delegacia da PF em Campinas, Edson de Souza. Ele disse, ainda, que esta foi a primeira operação da PF especializada em grupo especializado em roubo de carga.

ESQUEMA. O delegado de Polícia Federal, Fernando Augusto Battaus informou que, em via de regra, o grupo criminoso abordava o motorista do caminhão em um posto de combustível ou mesmo na estrada. A quadrilha sempre estaria dirigindo outro caminhão para poder fazer o translado da carga. “A mulher presa seria responsável por resgatar os demais integrantes após o roubo. Uma parte leva a carga para o destino e a outra, espera a mulher de um deles chegar”, explicou.

De acordo com Edson de Souza, as equipes acreditam que alguns dos membros trabalham no ramo de transporte, porque conhecem as tecnologias utilizadas nos transportes de carga e são rápidos e ágeis durante o roubo. “É uma organização de alta periculosidade, não são pessoas alienadas ao ramo”, concluiu o delegado.

INVESTIGAÇÃO. Durante a operação foram apreendidas agendas, celulares, munições e computadores dos detidos que serão analisados pela perícia. “Temos uma pessoa que está foragida, acreditamos que vamos poder encontrar. Com os materiais apreendidos, também vamos poder chegar ao líder da organização”, comentou Márcio Magno de Carvalho Xavier, delegado regional de investigação e combate ao crime organizado da superintendência da PD em São Paulo.

“Agora com os alvos identificados presos, o delegado tem prazo de 30 dias para concluir investigações, para ser realizada perícia nos equipamentos apreendidos, para identificar outros integrantes da quadrilha, receptadores, eventualmente encontrar as cargas roubadas. A partir disso, vindo o inquérito, vai ser oferecida denúncia à Justiça e essas pessoas responderão por esses fatos”, comentou ao LIBERAL, o promotor, Marcos Tadeu Rioli.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa e roubo com emprego de arma de fogo, cujas penas somadas podem chegar a 24 anos de reclusão.

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