Sumaré
Paralisação no HES é suspensa e funcionários estão em estado de greve
Caso não haja avanço nas negociações com o hospital, os profissionais devem paralisar as atividades no dia 21
Por Marina Zanaki
07 de outubro de 2020, às 17h22 • Última atualização em 07 de outubro de 2020, às 17h33
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/sumare/paralisacao-no-hes-e-suspensa-e-funcionarios-estao-em-estado-de-greve-1330103/
A paralisação de funcionários do HES (Hospital Estadual Sumaré), prevista para começar nesta quarta-feira (7), foi suspensa por opção dos trabalhadores.
Diretor do Sinsaúde, sindicato que representa os funcionários, e técnico em enfermagem no HES, Fred Souza explicou que a Funcamp (Fundação Desenvolvimento da Unicamp) disse estar “disposta a negociar”.
A Fundação, que é responsável por gerir os recursos, se comprometeu a cobrar uma posição do governo do Estado, ainda segundo o diretor. Até então, a posição era de reajuste zero aos profissionais.
Além disso, foram mantidas cláusulas do último Acordo Coletivo de Trabalho, firmado em 2019 e que venceu em agosto. Com isso, estão assegurados direitos como folgas, vale-alimentação e o salário em dia.
“Houve assembleia nos últimos dois dias para organizarmos o ato e hoje os trabalhadores optaram por continuar em estado de greve. Já enviamos ofício com as reivindicações e a notificação à empresa”, disse Fred.
A categoria segue em estado de greve até o dia 20 de outubro. Trata-se de um alerta para uma possível paralisação dos serviços, seja ela parcial ou total, e foi decidido após a realização de diversas assembleias e rodadas de negociações desde o início de agosto.
Segundo o Sinsaúde, caso não haja avanço nas negociações, os profissionais devem paralisar as atividades no dia 21.
Uma audiência de mediação com o Ministério Público do Trabalho está agendada para o dia 13 de outubro, às 15h30.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 5% nos salários, aumento de 13% no vale-refeição (dos atuais R$ 370 para R$ 420), pagamento do teto de 40% de insalubridade (hoje é pago 20%) e mudança de cargo para funcionários contratados como auxiliares, mas que atuam como técnicos.
A categoria também busca o pagamento de quatro parcelas de R$ 500 como abono emergencial em função da pandemia.
Em setembro, o diretor-superintendente do HES, o pneumologista Maurício Wesley Perroud Júnior, disse ao LIBERAL que a pandemia provocou uma crise econômica, além de elevar os preços de insumos básicos. Com isso, não estava previsto nenhum reajuste salarial.