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Invoice

Operação prende líder de quadrilha de golpistas em Sumaré

Operação Invoice teve como alvo grupo praticava golpes para comprar produtos e os vendia na internet a um preço mais baixo

Por Leonardo Oliveira

27 de abril de 2020, às 16h52 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 18h10

Operação Invoice cumpriu 26 mandados de prisão nesta segunda-feira - Foto: Divulgação / Polícia Civil

A Polícia Civil prendeu um morador de Sumaré apontado como o líder de uma quadrilha que praticava estelionatos na compra e venda de produtos de maneira online. Ele foi detido em sua casa, no Jardim das Orquídeas, junto com seu irmão, suspeito de também participar da organização criminosa.

Ao todo, dez pessoas foram presas durante a Operação Invoice, deflagrada nesta segunda-feira (27) pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas. Os outros membros da quadrilha moram em diferentes cidades de São Paulo e de Minas Gerais. Juntos, eles deram no ano passado um prejuízo de R$ 5 milhões com os golpes praticados.

O delegado responsável pelo caso, José Carlos Fernandes, revelou ao LIBERAL que o morador de Sumaré recebia produtos comprados de maneira ilegal e vendia em sites de buscas a um preço baixo. Para isso, ele contava com uma divisão de tarefas entre os membros do grupo.

Os outros integrantes compravam e recebiam os produtos das mais diversas formas, seja usando cartões clonados, emitindo boletos em nome de terceiros ou fazendo um acerto com motoristas de transporte de carga para desviar o carregamento.

Há registros de suspeitos que moravam em Jandira, Cotia, Embu das Artes, Itapevi, São Paulo, Praia Grande, Andradas-MG e Poços de Caldas-MG, cidade onde a Polícia Civil prendeu um dos envolvidos e encontrou R$ 150 mil em eletroeletrônicos. Ao todo, foram 26 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Como moram em cidades distantes, os membros da quadrilha se comunicavam através de um grupo no WhatsApp. Lá, mandavam imagem dos eletrônicos roubados. Todo o material era enviado até a casa do morador de Sumaré, que os vendia na internet.

“Há indícios de que ele [morador de Sumaré] chefiava essa organização criminosa e que cada um deles tinha uma tarefa, as tarefas eram divididas entre eles. Um clonava o cartão, outro falsificava documentos, outros desviavam mercadorias e aí todos as mercadorias de origem lícita eram direcionadas para essa morador de Sumaré”, disse o delegado ao LIBERAL.

A operação ainda apreendeu drogas, veículos, arma de fogo e um computador com um programa que falsificava CNH (Carteira Nacional de Habilitação). A DIG colhe depoimentos na tentativa de identificar o que cada integrante fazia e também chegar a outros suspeitos.

O suposto líder da quadrilha já havia sido preso em novembro do ano passado por receptação de produtos eletrônicos, mas acabou solto em audiência de custódia. Desde então, a DIG segue de olho nele para conseguir identificar o esquema.

Ele teve prisão temporária de cinco dias decretada, afirma o delegado. A detenção pode ser prorrogada por mais cinco dias. Os crimes praticados pela quadrilha envolvem estelionato, falsidade ideológica, receptação e lavagem de dinheiro.

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