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Saúde

No limite, Hospital Estadual Sumaré tem atendimento no corredor

Hospital admitiu que a situação é recorrente pois a instituição trabalha no limite de sua capacidade

Por Marina Zanaki

28 de janeiro de 2021, às 07h56 • Última atualização em 28 de janeiro de 2021, às 15h37

O HES (Hospital Estadual Sumaré) registrou oito pacientes atendidos em macas no corredor da emergência esta semana. Segundo o Hospital, a situação é recorrente, pois a instituição trabalha no limite da capacidade desde a inauguração.

Todos os 13 leitos do setor de emergência estavam cheios quando a paciente Silvana Valentim de Souza, de 43 anos, deu entrada no HES, na segunda. Encaminhada pela rede de Hortolândia com suspeita de AVC, ela ficou dois dias internada no hospital em uma maca no corredor.

Técnico confirmou que a emergência sempre está lotada e os profissionais estafados – Foto: Reprodução

“Quando chegamos na segunda, achei que ia ficar no corredor para fazer exame só. Se fosse para internar ela mesmo, achei que ia colocar com outros pacientes, mas ela ficou no corredor sozinha, só eu e ela”, contou a filha da paciente, a operadora de caixa Vitoria de Souza Santana, de 20 anos.

Até quarta, quando a mãe teve alta, Vitoria chegou a ver oito pessoas internadas ao mesmo tempo no corredor da emergência. Ela também reclamou que teve dificuldades em conseguir atendimento da enfermagem. Chegou a ficar uma hora esperando até conseguir uma cadeira de rodas para levar a mãe até o banheiro.

Técnico em enfermagem no HES, Fred Souza confirmou que a emergência sempre está lotada, com pacientes nos corredores e profissionais sobrecarregados.

Um único trabalhador fica responsável por 10 a 12 pacientes, quando o limite recomendado pelo Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) é de um profissional da enfermagem para seis pacientes que não são críticos.

“Superlotação sempre rolou, é muito raro ver setor de emergência mais tranquilo. Com a pandemia piorou porque tem que deixar mais funcionários na semi-intensiva”, disse Fred. “Hoje sou da UTI, mas trabalhei na emergência por muito tempo, os funcionários ficam destruídos no final do plantão porque estão sobrecarregados”.

Resposta
Sobre a internação de pacientes no corredor, o HES esclareceu que as macas estavam com espaçamento regulamentado pelo CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar).

“Quem chega e não tem leito vai ficar na maca. Isso acontece no Brasil e no mundo, é a realidade do hospital e da saúde na região”, disse a assessoria de imprensa do HES.

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