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Polícia

Morador de Sumaré pagou por execução de sindicalista, diz polícia

Suspeito teria se revoltado por não ocupar cargo após eleição de Nilton Aparecido de Maria como presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região

Por Maria Eduarda Gazzetta

07 de março de 2022, às 07h35 • Última atualização em 07 de março de 2022, às 07h38

As investigações sobre o assassinato do presidente do Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região, Nilton Aparecido de Maria, 57, apontam que um morador de Sumaré foi quem pagou R$ 5 mil pela execução do sindicalista, de acordo com inquérito da Polícia Civil. Nilton foi assassinado em 26 de janeiro, em Campinas.

Presidente do sindicato, Nilton Aparecido de Maria, de 57 anos, foi assassinado com um tiro na nuca – Foto: Reprodução

Segundo relatório da Polícia Civil, que encerrou as apurações, Anderson Francisco Caminoto da Silva é ex-integrante da chapa atual. Ele chegou a compor, no ano passado, a diretoria do sindicato, que venceu as eleições, mas teria sido surpreendido quando o então presidente Nilton, não o manteve à disposição no órgão, o que teria lhe causado revolta.

Ao lado de Izael Soares de Almeida, membro da chapa opositora no sindicato, Anderson contratou um intermediário para que indicasse uma pessoa para dar “um susto” no sindicalista, pelo valor de R$ 4 mil.

O montante foi sacado de sua conta bancária um dia antes do crime e repassado ao intermediário, que levaria ao assassino. Após o homicídio de Nilton, Anderson teria feito, ainda, um Pix de R$ 1 mil para o intermediário, pelo serviço prestado.

De acordo com a polícia, o crime foi premeditado por Anderson e Izael. O esquema ainda contou com a participação de outras cinco pessoas, já indiciadas: um intermediário para contratar um assassino; o executor do ex-sindicalista; um homem que estaria com o assassino dentro do carro – um Fiat Punto vermelho; e uma mulher e outro suspeito que teriam ajudado a destruir o carro queimado.

A polícia, no entanto, só pediu a prisão preventiva dos dois mandantes e do autor do disparo, que está foragido.

Nilton foi assassinado com um tiro na nuca, na manhã do dia 26 de janeiro, enquanto saía de casa com a esposa, no Núcleo Residencial Gênesis, em Campinas. O casal foi abordado quando um homem saiu de um carro vermelho e anunciou um assalto.

O suposto assaltante pediu que a esposa de Nilton entrasse em casa. Instantes depois, disparou um tiro que atingiu a nuca da vítima. Nenhum pertence foi levado na ação.

O plano do assassinato, segundo as investigações, teria sido concebido em uma adega, em Campinas, pelos dois sindicalistas, que contrataram o intermediário com o objetivo de assustar a vítima. Após o crime, ele teria ligado para avisar Anderson que o assassinato havia dado certo. No dia seguinte da execução, o carro foi incendiado por uma mulher e um rapaz. O jovem recebeu R$ 150.

O LIBERAL entrou em contato, na tarde desta sexta-feira com o advogado de Anderson, Eleandro Franscisco Silva, mas ele preferiu não comentar. A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Izael.

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