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SUMARÉ

Em reunião, Honda mantém proposta de PDV e sindicato vai acionar a Justiça

Sindicato afirma que trabalhadores são pressionados; Honda nega e diz que processo ocorre regularmente

Por Pedro Heiderich

19 de outubro de 2021, às 18h57 • Última atualização em 19 de outubro de 2021, às 18h58

Em reunião realizada nesta terça-feira (19) em sua fábrica em Sumaré, a Honda manteve a proposta de PDV (Programa de Demissão Voluntária) anunciada semana passada.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região, que representa os trabalhadores, exigia melhorias na proposta.

Proposta da Honda não agradou funcionários de Sumaré – Foto: Divulgação/Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região

Segundo o dirigente Celestino da Silva, o sindicato vai acionar o MP (Ministério Público) e o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para que a Honda cumpra as regras do PDV. A medida visa garantir segurança jurídica aos cerca de três mil trabalhadores das fábricas da Honda de Sumaré e Itirapina.

O dirigente sindical conta que na reunião foram apresentadas as dúvidas dos trabalhadores e a exigência de garantias, mas disse que a empresa continua inflexível.

“Os trabalhadores estão na berlinda, sendo induzidos a aderir ao programa. A Honda está caçando uma forma de demitir e reduzir a massa salarial”, declarou Celestino.

O sindicato cobra que o programa cumpra regras como manter a liberdade à adesão e justificativa da necessidade das demissões.

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Há ainda insegurança dos trabalhadores sobre a transferência de Sumaré para a unidade de Itirapina, prometida pela Honda em relação a quem for mantido no quadro de funcionários.

Outra reclamação é de que a empresa estaria exigindo que quem aderiu ao PDV tinha que esperar até o final do ano para deixar a Honda, sem poder sair imediatamente.

A montadora argumenta que o PDV oferece condições para uma transição segura aos trabalhadores e diz que há colaboradores com dificuldades para a transferência de Sumaré para Itirapina, o que é negado pelo sindicato.

A proposta de PDV apresentada dá direito ao colaborador que aderir, além das verbas rescisórias legais, a doze salários nominais de indenização, o equivalente ao plano de saúde por um ano e vale alimentação por seis meses.

A empresa defende que o programa de demissão e o de transferência dos funcionários são necessários para a reestruturação em 2022.

Questionada sobre as acusações do sindicato, a Honda garante que o processo de PDV ocorre regularmente e ressalta que está à disposição para elucidar dúvidas.

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