Sumaré
Elevador para e advogado cadeirante precisa de bombeiros para deixar Fórum de Sumaré
Ao LIBERAL, advogado relatou que a falha é constante, trazendo transtorno para quem tem mobilidade reduzida
Por Paula Nacasaki
02 de agosto de 2024, às 08h13
Link da matéria: https://liberal.com.br/cidades/sumare/elevador-para-e-advogado-cadeirante-precisa-de-bombeiros-para-deixar-forum-de-sumare-2224125/
O elevador do Fórum de Sumaré parou na manhã desta quinta-feira (1º) e o advogado Jelres Rodrigues de Freitas, 29, precisou chamar o Corpo de Bombeiros para conseguir sair do prédio. Segundo ele, essa falha é constante, trazendo transtorno para quem tem mobilidade reduzida.
Jelres possui uma doença rara, a atrofia muscular espinhal, que causa enfraquecimento dos seus ossos, e apesar da boa vontade dos funcionários do Fórum em carregá-lo para ter acesso ao primeiro andar do prédio, eu então descê-lo até o solo pelas escadas, quando o elevador para a situação pode ser perigosa, uma vez que qualquer movimento sem técnica pode machucá-lo.
Ao LIBERAL, nesta quinta, o advogado relatou que há cinco anos frequenta o Fórum para a realização de seu trabalho e neste período já passou por quatro situações em que o elevador quebrou e precisou de auxílio. Ele também já presenciou outras pessoas com dificuldades em subir as escadas, de formato caracol, principalmente idosos.
Apesar de serem realizadas manutenções, conforme relatou o advogado, as intervenções não têm sido suficientes para manter o elevador em funcionamento. Ele analisa a situação como inadmissível.
“Eu não consigo ter acesso ao meu trabalho que é conversar com o juiz, despachar, entre outros. Meu direito está sendo desrespeitado”, pontua o advogado.
Nesta quinta, Jelres chegou ao prédio por volta das 9h, foi ao primeiro andar, realizou audiência e quando se direcionou ao elevador para ir ao térreo, notou que mais uma vez o equipamento estava quebrado.
Por volta de meio dia o advogado conseguiu deixar o espaço com auxílio dos bombeiros e os técnicos da máquina, que possibilitaram uma descida “manual” pelo elevador.
Ele precisou esperar por 3 horas para deixar o imóvel, inclusive sem ir ao banheiro, uma vez que o 1º andar não possui o cômodo adaptado.
O advogado afirmou ainda que iria procurar a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.
Outras tentativas com pedidos de providências já foram tomadas por ele, como ofícios à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Tribunal de Justiça, entretanto, nada foi feito.
Questionado, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) não respondeu até o fechamento desta matéria.