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SUMARÉ

Após trabalhadores negarem PDV, sindicato e Honda se reúnem nesta terça

São cerca de três mil trabalhadores somando as duas unidades, dois mil deles em Sumaré

Por Pedro Heiderich

18 de outubro de 2021, às 17h21

Após trabalhadores das fábricas da Honda de Sumaré e Itirapina negarem adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), anunciado pela empresa, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região e representantes da Honda se reunirão nesta terça-feira (19).

São cerca de três mil trabalhadores somando as duas unidades, dois mil deles em Sumaré.

Em assembleia realizada pelo sindicato na quinta-feira (14) em Sumaré, e na sexta-feira (15), em Itirapina, a categoria recusou o programa e exigiu reunião com a Honda, para que seja apresentada nova proposta de PDV. Com isso, foi protocolado pedido de reunião à empresa.

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Sidalino Orsi Junior, presidente do sindicato, informou a reportagem nesta segunda-feira (18) sobre a reunião confirmada para terça (19). Porém, ele revelou que “não está nem um pouco confiante” de que a Honda faça uma proposta melhor do que a primeira.

O presidente disse ainda que o sindicato “está em conversas” para buscar outras medidas caso a nova proposta não agrade outra vez. A proposta inicial teve indenização considerada abaixo do viável para a categoria.

Outro fato, segundo Sidalino, é que o PDV da Honda obrigaria os funcionários a esperar até o final do ano para deixar a empresa. “Queremos uma proposta real de PDV. Quem optar por sair, sai imediatamente”.

A Honda quer finalizar até dezembro a transferência da unidade de Sumaré para Itirapina, iniciada em 2019. O objetivo do PDV, aponta a empresa, é “oferecer condições para uma transição segura” aos trabalhadores.

A empresa alega que existem colaboradores “enfrentando dificuldades para a transferência ou que não se adaptaram à região de Itirapina e desejam retornar à região de origem”.

O sindicato afirma que não procede e que houve insegurança dos trabalhadores devido à demora da empresa em realizar a transferência.

Questionada sobre a reunião, a Honda respondeu que “o processo está ocorrendo regularmente” e que “segue dedicando todos os esforços para esclarecer a proposta e elucidar dúvidas sobre o programa”.

A proposta de PDV feita pela Honda dá direito ao colaborador que aderir, além das verbas rescisórias legais, doze salários nominais de indenização, plano de saúde por um ano e vale alimentação por seis meses.

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