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POLÊMICA

Vereadores criticam subsídio para transporte público em Santa Bárbara

Projeto protocolado sexta-feira pelo Executivo que quer dar subsídios de R$ 600 mil à Sertran ainda não foi à votação

Por Pedro Heiderich

18 de agosto de 2021, às 07h58

Passagem teve aumento de 45 centavos há duas semanas – Foto: Ernesto Rodrigues/O Liberal

Vereadores criticaram o possível subsídio para o transporte público em Santa Bárbara d’Oeste, durante a sessão da Câmara desta terça-feira (17).

O Executivo protocolou em regime de urgência um projeto de lei na sexta-feira (13) em que autoriza a concessão de subsídio de R$ 120 mil mensais, de agosto até dezembro deste ano, para o custeio do sistema público de transporte coletivo.

Segundo a prefeitura, o valor do subsídio será suportado pelo Fundo Municipal de Transporte.

O prefeito Rafael Piovezan (PV) alega que o subsídio visa evitar desequilíbrio ao sistema de transporte, que subiria para R$ 5,70, mas foi fixada em R$ 4,85 para os usuários.

O vereador Reinaldo Casimiro (Podemos) revelou que houve reunião nesta segunda (16) de grande parte dos vereadores com a Sertran/Nova Via, empresa responsável pelo transporte coletivo em Santa Bárbara desde 2013.

O contrato com a prefeitura é de 20 anos e somado todo o período, passará de R$ 100 milhões repassados pela administração municipal à empresa.

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O assunto veio à tona após veto do Executivo a projeto de Arnaldo Alves (PSD) que suspende os prazos para renovação anual da licença para transporte escolar durante a vigência de restrições sanitárias. Vereadores sugeriram que a Sertran contrate vans escolares para o transporte público.

Eliel Miranda (PSD) citou a cidade de Presidente Prudente, que através de decreto, autorizou vans escolares a realizar o transporte coletivo. “A Sertran está cobrando a prefeitura de forma milionária e não vai parar. Precisamos pensar em um remédio de forma preventiva”, aponta.

Celso Ávila (PV) se colocou contra dar subsídio à Sertran.“É inadmissível, dar subsídio para uma empresa, sem ter contrapartida para Santa Bárbara. Enquanto Americana tem ônibus grátis para idosos e a tarifa mais barata. Tem subsídio lá, mas tem contrapartida para a população”, compara.

Carlos Fontes (PSL) também criticou o projeto. “A Sertran quer R$ 600 mil no cofre e não vai abaixar um centavo do preço da passagem. Se a Câmara rejeitar, ameaça subir para R$ 5,70. Que vá brigar na Justiça. Não pode querer colocar no colo dos vereadores e a faca no pescoço do prefeito”.

Jesus Vendedor (Avante) foi outro a reclamar da Sertran. “Diante da pandemia não se viu uma ação social, pelo contrário, aumentaram a passagem. E querem subsídio a troco de que? A empresa já está deixando muito a desejar”, afirma.

A reportagem procurou a Sertran, mas não conseguiu retorno.

O aumento da tarifa de R$ 4,40 para R$ 4,85 no município começou a valer no primeiro dia de agosto e foi anunciado três dias antes. O reajuste de 10% foi feito por obrigação contratual para o reequilíbrio financeiro do contrato.

Com o novo valor, a passagem se tornou a mais cara da RPT (Região do Polo Têxtil). O último reajuste em Santa Bárbara foi em agosto de 2019, quando a passagem custava R$ 4.

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