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Santa Bárbara

Unicamp acompanha caso de famílias que tiveram contato com mercúrio

Centro de toxicológica da universidade acompanha os pacientes que tiveram contato direto com o metal pesado

Por Paula Nacasaki

16 de julho de 2020, às 16h20 • Última atualização em 16 de julho de 2020, às 17h24

O Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), está acompanhando o caso das pessoas que tiveram contato com mercúrio em Santa Bárbara d’Oeste. Um homem teria levado o frasco com metal para casa, na semana passada, e crianças brincaram com o produto.

Homem teria levado o frasco com metal para casa, na semana passada, e crianças brincaram com o produto – Foto: Reprodução

O médico Eduardo Mello de Capitani, que faz parte da equipe esteve em Santa Bárbara d’Oeste, relatou que os casos assistidos estão estáveis com exceção de uma menina de dois anos, que está internada e teve uma exposição maior ao metal pesado.

Ainda assim, o especialista informa que o quadro de saúde dela é moderado, porém não é classificado como grave.

Ele explicou também que os pacientes estão passando por tratamento para eliminar o mercúrio por meio da urina e que a unidade de saúde deve estar atenta ao sistema nervoso central deles. “Ninguém vai morrer por causa disso ou ter uma intoxicação mais aguda do que houve”, afirmou o médico.

Sobre consequências mais graves à saúde, Capitani esclareceu que apenas pessoas que tem contato prolongado com o mercúrio pode facilitar o desenvolvimento de doenças degenerativas ou câncer.

O tratamento para a retirada do metal do organismo leva em média 20 dias a depender de cada paciente.

“Um medicamento é utilizado para puxar o mercúrio para fora do corpo. O elemento é eliminado pela urina, o tratamento completo leva em média 20 dias e muda de pessoa para pessoa”, pontua.

O caso
Ao menos três famílias foram contaminadas por mercúrio em Santa Bárbara d’Oeste depois que um morador do bairro Santa Fé levou o metal pesado para casa.

Tanto vizinhos como familiares afirmam que o homem agiu sem conhecer os riscos de contaminação, uma vez que estava movido pela curiosidade. Vídeos de crianças brincando com o metal foram divulgados em uma rede social.

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