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POLÍCIA

Uma semana após perder a mãe, serralheiro é assassinado em Santa Bárbara

Vítima saiu para comprar cerveja e foi baleada a 200 metros de casa; não há suspeitos e nem hipótese do que motivou o crime

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07 de junho de 2021, às 16h29 • Última atualização em 07 de junho de 2021, às 20h25

Cleiton morava no Jardim Europa – Foto: Reprodução/Facebook

Uma semana após perder a mãe, o serralheiro Cleiton Santos Sá Teles, de 42 anos, foi assassinado na noite deste sábado (5), no Jardim Europa, em Santa Bárbara d’Oeste.

Segundo a irmã da vítima revelou ao LIBERAL, Cleiton saiu de casa para comprar cerveja.

Ele foi encontrado pela PM (Polícia Militar) baleado a 200 metros de sua casa, foi levado até o hospital, mas não resistiu. Foram três disparos, que atingiram a cabeça, o peito e a barriga do serralheiro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu por volta das 23h30. A PM foi chamada para atender vítima de disparo de arma de fogo na Rua Escócia, no Jardim Europa.

Bombeiros socorreram Cleiton até o Pronto Socorro do Afonso Ramos, mas a vítima veio a óbito. A perícia esteve no local e o caso é investigado.

Filho de Waldetino Joaquim Sá Teles e de Edna Aparecida Santos Sá Teles, que faleceu no domingo retrasado, dia 30 de maio, após complicações pós cirurgia de aneurisma, Cleiton foi enterrado nesta segunda-feira (17), no Cemitério Parque dos Lírios, em Santa Bárbara.

Conforme informado pela SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), o 2º DP (Distrito Policial), responsável pela área dos fatos, instaurou inquérito para investigar o caso. Ainda não há suspeitos e nem hipótese do que teria motivado o crime.

“Diligências estão em andamento em busca de imagens e outros elementos que auxiliem na identificação da autoria e esclarecimento dos fatos”.

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‘Foi como tirar um pedaço de mim’, lamenta irmã
Cleiton trabalhava como serralheiro na Suzano e tinha o futebol como uma das paixões, e o Corinthians, time do coração. Irmã de Cleiton, Elizângela Santos Sá Teles conta que a família não sabe o que pode ter acontecido e que o serralheiro não tinha inimigos.

Mãe faleceu no domingo e filho no sábado – Foto: Reprodução/Facebook


“Amávamos muito ele, o Cleiton era muito comunicativo, conversava com todo mundo. Sossegado, não saia muito. No dia que aconteceu, ele estava bebendo em casa e saiu para comprar cerveja”, relata.

Elizângela vai prestar depoimento no 2º DP nesta terça-feira (8). “Foi como tirar um pedaço de mim, ele era muito especial. O que fizeram não me sai da cabeça, é muita maldade”.

A irmã, que vivia com Cleiton e a mãe na mesma casa, só deseja justiça. “Com certeza o que queremos é que a polícia investigue e que prenda o responsável”.

Santa Bárbara chega a cinco homicídios no ano

O homicídio de Cleiton é o quinto do ano, em Santa Bárbara d’Oeste. Três deles já tiveram suspeitos presos.

Segundo dados da SSP, em 2020, em Santa Bárbara, sem contar os casos envolvendo veículo automotor, foram registrados 7 homicídios dolosos, com 8 vítimas fatais, e 3 homicídios culposos.

No ano passado, foi registrado o primeiro homicídio em fevereiro, o segundo em abril e o terceiro em junho. Com mais um caso em julho, a cidade chegou a cinco homicídios apenas em agosto. Já em 2021, Santa Bárbara tem cinco homicídios ainda no início de junho.

Na semana passada, a polícia prendeu o vidraceiro de 27 anos, Lucas Nery de Lima, suspeito de matar a estudante Janaína Amorim Pereira da Silva, 24, há duas semanas, em maio, também no Jardim Europa. Ele confessou o crime.

Dez dias antes, Charles Douglas Teixeira de Brito, 28, foi preso no interior do Paraná. Ele é suspeito de matar Jeferson Macari Verissimo, 28, em abril, no Santa Rita de Cássia, por suposta dívida de R$ 40.

O outro feminicídio foi o da comerciante Giane Elizabete Dias da Silva, 52, que morreu 12 dias após ser esfaqueada pelo ex-companheiro José Ribamar de Moraes Rego, 59, na Vila Mac Knight, no dia 3 de abril. Ele se entregou na mesma noite e foi encontrado morto em sua cela no dia seguinte.

Segundo atualização do SSP nesta segunda (7), segue sem novidades e avanços na investigação o primeiro homicídio do ano, do açougueiro Valdênio da Cruz, de 25 anos, morto a tiros em casa, no Parque do Lago. Relatos apontam que um motociclista rondou o local no dia do crime.

Em janeiro, ainda foi encontrado um corpo carbonizado na zona rural de Santa Bárbara. A reportagem questionou a SSP sobre o andamento do caso, mas ainda não recebeu resposta.

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