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Greve

TRT marca audiência entre sindicato e Unimep para a próxima sexta

Mediação do tribunal tentará garantir proposta e pôr fim à greve dos docentes, iniciada em novembro de 2020

Por Leonardo Oliveira

01 de fevereiro de 2021, às 21h52 • Última atualização em 15 de julho de 2021, às 10h44

O TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª região marcou para a próxima sexta-feira (5) uma audiência de conciliação entre os professores da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e o IEP (Instituto Educacional Piracicabano), mantenedor da instituição de ensino.

Os docentes estão em greve desde novembro do ano passado – eles alegam atrasos nos salários e o descumprimento dos direitos trabalhistas desde meados de 2019.

A greve envolve cursos das unidades de Lins, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste. A audiência desta sexta acontecerá de forma virtual, às 14h30.

Segundo o Sinpro (Sindicato dos Professores) de Campinas e Região, as dívidas que a Unimep possui com os professores são as seguintes:

50% dos salários desde março de 2020

13° salário de 2020

1/3 das férias de 2020

O salário de dezembro de 2019

13° salário de 2019

1/3 das férias de 2019

SEM RESPOSTA

De acordo com a diretora do Sinpro e professora da Unimep, Conceição Fornasari, o IEP não se manifestou desde 18 de dezembro do último ano, quando o sindicato comunicou que a greve continuaria.

Antes, duas propostas haviam sido feitas, mas o sindicato recusou, alegando que estavam muito abaixo do que era pedido.

Desde então as aulas seguem paralisadas. Há uma série de disciplinas e cursos que não encerraram o ano letivo por esse motivo. “A universidade ignorou totalmente a greve, porque convocou todos os professores para participar do retorno de atividades de planejamento a partir do dia 3 de fevereiro como se tudo tivesse normal”, disse Conceição.

Sem novas propostas, o sindicato pediu que o TRT mediasse o caso para acelerar as negociações. “Nossa expectativa é que o tribunal, entrando nessa mediação, possa convencê-lo [IEP] a fazer uma proposta que possa ser apresentada para uma assembleia e, sendo aceita, pôr fim à greve”, acrescenta Conceição.

O sindicato dos professores ressaltou ainda que os profissionais em greve estão com o contrato suspenso e, portanto, não deverão desenvolver qualquer atividade docente como aplicação de provas ou lançamento de notas no sistema.

“Nós esperamos que isso possa ser resolvido antes para que a gente volte 2021 repondo as aulas que não foram dadas no segundo semestre do ano passado e que a gente possa começar o primeiro semestre de 2021 dentro da normalidade possível, ainda que virtualmente”, finaliza a professora.

Outro lado

A reportagem questionou a Unimep na noite desta segunda-feira sobre a greve, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. No mês passado, a instituição havia informado ao LIBERAL que chegou a oferecer duas propostas, que foram recusadas pelos docentes.

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