28 de março de 2024 Atualizado 09:28

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Caso Emily

Suspeito de sequestrar Emily se entrega à polícia

Paulo Cesar da Silva Santos, 28, foi identificado na última sexta-feira e era procurado pela DIG

Por Rodrigo Alonso / André Rossi

13 de julho de 2020, às 16h44 • Última atualização em 13 de julho de 2020, às 18h59

Paulo Cesar da Silva Santos, 28, suspeito de ter sequestrado a menina Emily Bello Soares da Silva, 11, se entregou à polícia nesta segunda-feira (13). A informação é do delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, José Donizeti de Melo.

Paulo Cesar foi identificado por Emily – Foto: Reprodução

Paulo se apresentou na sede da DIG por volta das 16 horas para prestar depoimento. De acordo com seu advogado, Marcelo Rosa Maia, ele conheceu a menina através de um aplicativo de relacionamentos.

A alegação da defesa é de que Paulo não sabia da idade de Emily, já que ela utilizaria um perfil fake (falso). O suspeito buscou a menina em casa na madrugada no dia 5 de julho e só teria percebido que se tratava de uma criança no dia seguinte.

“Não fazia transparecer para ele que ela tinha essa idade. Incorreu uma falsa percepção da realidade. Marcou esse encontro, pegou ela à noite. Ela estava com capuz, roupa de moletom. Foi para o apartamento e no outro dia foi revelado qual era a realidade da situação”, disse Maia.

O advogado conta que Paulo não acionou a polícia por ter medo de ser preso e porque não sabia como lidar com aquela situação. Ele nega que a garota tenha passado fome e que tenha sido mantida em cárcere privado.

“A porta do apartamento ficava aberta. Isso vai ser comprovado através das câmaras de segurança do local. Ele saiu varias vezes. Ela nao queria ir embora. Tudo está registrado nas mensagens que ela trocava com outras pessoas no celular dela”, afirmou Maia.

Advogado diz que Paulo não acionou a polícia por ter medo de ser preso e porque não sabia como lidar com aquela situação – Foto: Rodrigo Alonso – O Liberal

O CASO

Emily desapareceu na madrugada do dia 5 de julho, por volta das 0h30, quando saiu de casa, no Jardim Europa, em Santa Bárbara d’Oeste, com um homem maior de idade. O encontro teria sido combinado pelas redes sociais. Ela foi encontrada na manhã da última quinta-feira (9), em um posto de combustível da Praia Azul, em Americana.

Segundo Emily, o homem a manteve em cárcere privado nesses quatro dias. Ainda de acordo com a menina, o sujeito a mandou sair do cativeiro após ter visto, na televisão, uma reportagem sobre o desaparecimento dela. Ela contou que a repercussão do caso o deixou com medo.

Emily disse que saiu do local na madrugada de quinta, a pé e sozinha, andou pela Rodovia Anhanguera (SP-330) e parou no posto de combustível da Praia Azul. Ela teria percorrido, então, uma distância de aproximadamente dez quilômetros.

Com a ajuda de Emily e de sua família, os investigadores encontram na sexta-feira, o local onde Paulo teria mantido a garota em cárcere privado. O apartamento fica em Sumaré, no condomínio Praças de Sumaré, no Jardim Santa Maria.

O imóvel utilizado está no nome da irmã do suspeito, mas ela não aparece no local há três meses, conforme informações colhidas pelos policiais no condomínio.

No entanto, ainda havia fotos e roupas dela no apartamento. Também tinha fotos de Paulo Cesar. O local e o homem foram reconhecidos por Emily, que acompanhou a polícia na ação da última sexta-feira, segundo José Donizeti de Melo, delegado da DIG.

Além da Capa
Totalmente paralisado na região desde o início da quarentena de combate ao novo coronavírus, o setor de eventos ainda está “no escuro” sobre quando as atividades poderão ser retomadas, ainda que de forma parcial. Além da indefinição, uma série de dificuldades surgiram por conta da situação. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi sobre o panorama do segmento em Americana e região.

Publicidade