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EDUCAÇÃO

Sindicatos dizem que plano do Grupo Metodista beneficia igrejas

Metodista diz que venda de imóveis pagará dívidas e que plano atende a trabalhadores

Por Pedro Heiderich

18 de setembro de 2021, às 09h19

Grupo Metodista é mantenedor da Unimep – Foto: Ernesto Rodrigues – O Liberal

Sindicatos dos professores acusaram em nota coletiva o plano de recuperação judicial do Grupo Metodista, que administra a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), de beneficiar apenas as igrejas. A venda de imóveis seria a solução para as dívidas.

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O Grupo Metodista enfrenta problemas financeiros que afetam alunos, professores e outros credores. Em fevereiro, o campus da Unimep em Santa Bárbara d’ Oeste foi fechado, além de parte dos cursos da universidade em Piracicaba. Trinta cursos foram encerrados e 500 alunos prejudicados.

O grupo ingressou com um pedido de recuperação judicial para tentar evitar a falência, que foi aceito em maio. A decisão foi contestada por bancos credores, que alegaram que as instituições de ensino não têm fins econômicos.

O argumento foi acolhido pela 5ª Câmara Cível do TJRS (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul), no dia 25 de agosto.Na semana passada, o desembargador Ney Wiedemann Neto, do TJRS, suspendeu a decisão. Apesar disso existe uma outra versão. A presidente do Sinpro (Sindicato dos Professores da Região de Campinas), Conceição Fornasari, afirma que o plano segue suspenso, por decisão recente da desembargadora Isabel Dias Almeida, que é relatora da 5ª Câmara do TJ-RS.

Conceição disse ainda que qualquer informação contrária é especulação. Em nota conjunta divulgada no domingo, dia 12, sindicatos, incluindo o Sinpro, afirmam que o plano reduz os direitos dos funcionários e não prevê penhora de bens e bloqueio de contas ao Grupo Metodista e nem obrigação de pagar credores, “cujos créditos chegam a R$ 1 bilhão”.

Os professores alegam que a garantia do pagamento de débitos passa pelas Igrejas Metodistas “que ostentam um patrimônio estratosférico”.

Os sindicatos se dizem abertos a alterações no plano, desde que não afetem os trabalhadores. Em nota, o Grupo Metodista destaca que com a decisão do desembargador Ney Wiedemann Neto “o grupo assegura a continuidade de seu processo de reestruturação”.

O grupo diz que a proposta prevê que 90% dos credores trabalhistas recebam o pagamento integral do valor devido. A Educação Metodista diz que a dívida é de R$ 500 milhões e não R$ 1 bilhão.

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