Um grupo de doulas realizou nesta terça-feira uma manifestação durante a sessão na Câmara de Santa Bárbara d’Oeste a favor da presença dessas profissionais na maternidade do município.

De acordo com elas, o Hospital Santa Bárbara não está cumprindo a lei municipal 3.778, de novembro de 2015, que dispõe sobre a presença de doulas durante o trabalho de pré-parto nas maternidades do município.

Doula é uma profissional com habilidades para acolher e auxiliar mulheres durante a gestação, parto e pós-parto. Elas ajudam a gestante a se preparar física e emocionalmente bem como orientam o casal sobre o que esperar do parto e após o nascimento do bebê.

“Mesmo que atualmente não exista nenhuma lei que proteja a mulher da violência obstétrica, temos algumas outras que garante a presença do acompanhante durante trabalho de parto, parto e pós-parto. Aqui no município temos a lei da doula, porém, até o momento, a prática é contrária a legislação”, afirmou a doula Agatha Cristina Silva.

Durante discurso na tribuna livre da câmara, Agatha disse que as doulas têm a entrada negada com a justificativa da pandemia da Covid-19. Porém, afirmou, que a presença nunca foi permitida, mesmo antes da crise sanitária.

“A entrada nunca foi liberada ou era decidida pelo médico de plantão. Acreditamos que todas [gestantes] deveriam ter esse direito e não ser a vontade do profissional”.

Em nota, a prefeitura afirmou que o Hospital Santa Bárbara, cuja maternidade também é objeto de convênio com o município, disse que foram iniciadas tratativas com doulas antes da pandemia e interrompidas por cautela, as quais serão devidamente retomadas no próximo exercício.