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Santa Bárbara

Secretário não vê falha na Avenida São Paulo e vai reforçar campanha

Para Rômulo Gobbi, colisões acontecem por imprudência e não pela falta de dispositivos de segurança

Por Leonardo Oliveira

26 de setembro de 2020, às 08h25

Diferentes trechos da Avenida São Paulo, em Santa Bárbara d’Oeste, têm aparecido com frequência no noticiário local como palcos de acidentes de trânsito nos últimos meses. Em entrevista ao LIBERAL, o secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil, Rômulo Gobbi, descartou que existam falhas de engenharia na via e destacou o reforço de campanhas de conscientização.

Neste ano, foram, pelo menos, três mortes na avenida – a última delas nesta quarta-feira, a do motoboy Carlos Alberto Gomes da Silva, em colisão no cruzamento da via com a Rua Gabriel Pereira de Brito. Gobbi atribui as ocorrências, principalmente, a imprudência de quem trafega pelo local.

Motoboys se uniram na quinta-feira para homenagear colega morto – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

“Essa avenida recebeu lombadas, recebeu radares. Foi semaforizada, está totalmente revitalizada. O que ocorre é que, infelizmente, está havendo um aumento no número de motocicletas trabalhando na entrega e quando, não, os outros tipos de passageiro não têm respeitado a velocidade das vias”, disse à reportagem.

Duas lombadas foram instaladas, uma em cada lado da avenida, em outubro do ano passado. Um funcionário de uma loja de material de construção, que fica em frente ao cruzamento com a Rua Gabriel Pereira de Brito, disse ao LIBERAL que motociclistas costumam passar pelo canto da lombada.

Gobbi entende que tudo que a prefeitura poderia fazer em termos de engenharia de trânsito já foi feito e descartou colocar um semáforo no cruzamento citado, pois já existem outros em trechos próximos. “Não dá pra dizer que houve falha de engenharia. É um semáforo nos pontos com mais fluxos de veículos”, ressaltou.

PIORA
Em 2019, o número de acidentes com vítimas fatais foi o maior da série histórica do Infosiga, plataforma do governo estadual que contabiliza mortes no trânsito desde 2015. No ano passado, foram 25.

Na contramão do Estado, que registra os menores índices de óbitos este ano, em 2020, a estatística pode ser pior em Santa Bárbara.

A quantidade de mortes entre janeiro e agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2019 já é maior. Foram 19 casos nos oito meses de 2020 e 16 no ano anterior, segundo o Infosiga.

O secretário afirma que o número de colisões entre veículos de quatro rodas é pequeno e que os acidentes com motos é que acabam elevando as estatísticas pelo perfil do país, que tem uma alta circulação desse tipo de transporte.

“O processo educativo também tem culpa no desfecho disso. Quando adquirem a habilitação, deveriam estar mais bem formados para entender o que é conduzir uma motocicleta”, pontuou.

Os esforços estão voltados à conscientização dos motociclistas. Como parte da Semana Nacional de Trânsito, a GCM (Guarda Civil Municipal) tem realizado, desde a semana passada, blitzes educativas – os condutores são parados e recebem panfletos e orientações. Essa iniciativa acabaria nesta sexta-feira, mas em Santa Bárbara será ampliada.

“A gente pretende alongar com esse tipo de tratamento, porque há a obrigação do poder público de continuar com campanhas e fiscalizações”, informou.

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