28 de março de 2024 Atualizado 09:14

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

EDUCAÇÃO

Santa Bárbara vai manter limite de capacidade de 35% nas escolas em agosto

Estado anunciou que a partir do segundo semestre escolas poderão colocar em sala quantos alunos quiserem

Por

17 de junho de 2021, às 12h01 • Última atualização em 17 de junho de 2021, às 12h06

Atividade em escola municipal de Santa Bárbara em meio aos protocolos exigidos por conta da pandemia – Foto: Prefeitura de Santa Bárbara / Divulgação

A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste vai manter o limite de capacidade de 35% nas escolas na volta das aulas presenciais em agosto.

Prometendo vacinar todos os profissionais de educação e testar alunos e professores, o Governo do Estado de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (16) a retomada presencial da rede estadual em agosto, com mudanças polêmicas.

A primeira é que a partir do segundo semestre todas as escolas públicas e particulares do estado terão autonomia para definir a quantidade de alunos em sala durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).

Até então e até o fim de julho, todas escolas do estado são obrigadas a funcionar com capacidade de até 35% de alunos, conforme imposto pelo próprio Estado ainda em 2020.

O governo alega que cada escola saberá sua estrutura, realidade e condição para definir a quantidade.

A outra mudança é o distanciamento mínimo entre os estudantes, que é de 1,5 metro e a partir de agosto passa a ser apenas de um metro.

📲 Receba as notícias do LIBERAL no WhatsApp



O LIBERAL questionou as prefeituras da RPT (Região do Polo Têxtil) sobre as mudanças.

Em nota, a Secretaria de Educação de Santa Bárbara informou que “a intenção é voltar às aulas presenciais em agosto com a capacidade de 35% prevista no protocolo municipal e de forma facultativa”.

Ainda segundo a pasta, “na sequência, avançar conforme diretrizes da Secretaria de Saúde que avalia a situação pandêmica no município”.

Já a Prefeitura de Americana não antecipou a decisão sobre manter ou não limite da capacidade. “As decisões que forem tomadas serão anteriormente discutidas com o Comitê de Crise e autoridades sanitárias”, diz nota.

As outras prefeituras ainda não se pronunciaram.

Sindicatos criticam decisões e revelam preocupação
Sindicatos dos professores criticaram as decisões do Governo. Diretora da subsede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) em Americana, Zenaide Honório, classificou como hipocrisia.

“Quem quer ser exemplo, tem que dar exemplo. Não adianta criticar as ações do Bolsonaro genocida e fazer igual ou pior”.

Zenaide frisa que todos professores e alunos precisam ser vacinados, e as escolas terem capacidade físicas e humanas para pensar em retomada. “Todos querem e estamos com saudades de nossos estudantes e colegas, mas precisamos de cautela e vacina”.

Para ela, não é garantido que em agosto a categoria toda já tenha sido vacinada e nem a situação da pandemia amenizada.

“Não sabemos como estaremos em agosto, temos que ter outras opções, temos novas cepas no Brasil, em São Paulo e em nossos municípios. É a ciência quem vai decidir se voltamos em agosto ou não”.

Conceição Fornasari, diretora do Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), que atende educadores de escolas particulares, também relata preocupação da categoria.

“O sindicato discorda totalmente e vê com extrema preocupação os anúncios. Os professores não estão todos vacinados e muitos não tomaram a segunda dose”, afirma.

Conceição destaca a importância com a saúde da comunidade escolar. “Ao defender a vida estamos nos preocupando com todos. Reduzir o distanciamento apenas agravará a pandemia”.

Publicidade