18 de abril de 2024 Atualizado 20:05

8 de Agosto de 2019 Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Fiscalização

Radares multam 88 vezes por dia em Santa Bárbara no primeiro mês de operação

Equipamentos voltaram a operar em junho após dois anos sem atividade na cidade, e emitiram 1.928 multas

Por Leonardo Oliveira

15 de julho de 2020, às 08h29 • Última atualização em 15 de julho de 2020, às 15h54

Os radares de velocidade voltaram a funcionar em Santa Bárbara d’Oeste em junho, após mais de dois anos inoperantes por um imbróglio judicial. No primeiro mês em operação, foram 1.928 multas por excesso de velocidade aplicadas, o que equivale a cerca de 88 infrações por dia.

Os dados constam no Portal da Transparência do governo municipal. Os equipamentos eletrônicos começaram a operar no dia 1° de maio, em período de testes. Somente no dia 9 de junho é que as multas passaram a ser aplicadas, informou a prefeitura, por isso as penalizações foram registradas em 22 dos 30 dias do mês passado.

Av. São Paulo foi a via líder em mortes no ano passado em Santa Bárbara, com três óbitos, e recebeu 10 aparelhos – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

A administração teve em junho uma receita de R$ 144 mil, somando as infrações registradas por radares e as dadas por agentes de trânsito. A arrecadação supera a dos meses de abril e maio, quando houve o pagamento de R$ 83 mil e R$ 98 mil, respectivamente – o valor, por lei, deve ser aplicado em melhorias no trânsito.

Para o mestre em transportes Creso Peixoto, professor de Engenharia Civil da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o retorno dos radares impacta diretamente na redução de mortes no trânsito.

“Os radares comprovadamente geram região de redução de velocidade ou controle. Quando se fala redução, é porque existe um efeito positivo, que é a redução da velocidade de motoristas ao saber que ali [onde o radar for instalado] tem que reduzir”, declarou ao LIBERAL.

Santa Bárbara registrou 14 mortes no trânsito de janeiro a maio deste ano, segundo o Infosiga (banco de dados do governo do Estado sobre letalidade no trânsito). No mesmo período de 2017, haviam sido registradas nove mortes – em 2018 os radares pararam de funcionar em março.

Creso afirma que, pelo longo tempo parado, há uma tendência natural de que a maior parte dos motoristas tenha relaxado, não respeitando mais os radares, por isso a necessidade de um longo trabalho de informação para conscientizar que eles estão funcionando e, principalmente, multando. “A multa faz parte do sistema. É muito melhor pagar uma multa do que fechar o caixão de uma pessoa que se ama”, declarou.

A cidade possui 34 radares em 18 pontos diferentes da cidade. Mais da metade dos equipamentos fica nas avenidas Santa Bárbara ou São Paulo. Ao todo, serão 34 radares em 18 pontos diferentes da cidade. Mais da metade dos equipamentos fica nas avenidas Santa Bárbara ou São Paulo.

Na via onde estão localizados os dois shoppings da cidade, foram 12 radares instalados em seis diferentes pontos. Já na Avenida São Paulo, dez equipamentos fiscalizam a velocidade praticada pelos motoristas. A via foi a líder em mortes no trânsito no ano passado, com três óbitos.

Em fevereiro de 2018, último mês de funcionamento dos radares antes do período marcado por um imbróglio judicial para a contratação de uma nova empresa para gerir o serviço, foram aplicadas 1.918 multas.

Podcast Além da Capa
Totalmente paralisado na região desde o início da quarentena de combate ao novo coronavírus, o setor de eventos ainda está “no escuro” sobre quando as atividades poderão ser retomadas, ainda que de forma parcial. Além da indefinição, uma série de dificuldades surgiram por conta da situação. Nesse episódio, o editor Bruno Moreira conversa com o repórter André Rossi sobre o panorama do segmento em Americana e região.

Publicidade