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NÃO ATENDE REIVINDICAÇÕES

Professores negam nova proposta e greve segue em Faculdade de Santa Bárbara

É a segunda proposta da Uniesp; sindicato diz que negociação não avançou para professores; são 23 dias de paralisação

Por Pedro Heiderich

01 de junho de 2021, às 16h35 • Última atualização em 01 de junho de 2021, às 18h32

Direção da faculdade foi questionada, mas não respondeu – Foto: Ernesto Rodrigues/ O Liberal

Professores da FAP (Faculdade de Santa Bárbara d’Oeste), que pertence à Uniesp, rejeitaram em assembleia na sexta-feira (28) uma segunda proposta da faculdade e decidiram manter a greve iniciada em 10 de maio, que já completa três semanas.

A proposta feita pela Uniesp, igual à primeira, não atende a todas as reivindicações da classe, relata o sindicato.

Professores da unidade, localizada no bairro Jardim Sousa Queiroz, reclamam de atraso de salários desde fevereiro. O salário voltou a ser pago em dia em abril, mas a categoria cobra outras reivindicações.

As informações são do Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), que notificou a faculdade três vezes antes da greve iniciar.

Em nota divulgada nesta terça-feira (1), a diretora da Sinpro, Conceição Fornasari, criticou a Uniesp.

“Durante a assembleia, os professores defenderam que não houve avanço. Pelo contrário, a diretoria insistir na mesma proposta já apresentada antes demonstra superficialidade na tratativa e até mesmo desrespeito com a causa dos trabalhadores”.

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A categoria já havia rejeitado a proposta em 12 de maio, dois dias após a greve começar.

Na época, a FAP pagou o salário de abril, que mobilizou os professores, mas não fez menção aos outros pagamentos atrasados e nem alusões às demais reivindicações.

São cerca de 30 professores e funcionários na faculdade em Santa Bárbara. Alunos relataram prejuízo e cobram a universidade.

Os professores pedem: fim dos atrasos salariais; pagamento das diferenças salariais dos reajustes de 2018 e 2019; regularização do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) não depositado e quitação das diferenças de salário de férias de 2020, com acréscimo.

De acordo com Conceição, as reivindicações representam o mínimo aceitável para que a greve seja interrompida. Para ela, a greve motiva-se pelo descumprimento de vários direitos trabalhistas e é justa e necessária.

“Parece não haver um entendimento ou até mesmo um descaso da diretoria, encaminham propostas evasivas e sem datas para atendê-la. Há superficialidade nas tratativas com o sindicato, assim como houve com os professores que desde janeiro tentaram negociar”, declara.

A próxima assembleia de professores será na segunda-feira (7), às 18h, exatamente o quinto dia útil do pagamento de salários. O LIBERAL contatou a Uniesp e a diretora da unidade em Santa Bárbara, Luciane Marostegan, mas ainda não obteve resposta.

Aluna que não quis ser identificada revelou que os estudantes cogitam sair da faculdade. “A gente está perdendo, estamos pagando boletos e não tem aula. Muitos já estão pedindo transferência, porque não tem retorno da Uniesp. Todos estão indignados”.

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