19 de abril de 2024 Atualizado 10:28

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Santa Bárbara

Polícia investiga se vítima de homicídio era alvo ou foi atingido por acidente

Segundo um primo da vítima, o porteiro, que trabalhava como motorista nas horas vagas, foi atingido durante uma corrida

Por André Thieful

16 de agosto de 2019, às 17h13

A Polícia Civil de Santa Bárbara d´Oeste vai analisar os  laudos necroscópicos para tentar descobrir se o porteiro José Batista Amaral, de 49 anos, foi atingido por acidente ou se também era alvo no duplo homicídio em que também foi vítima o soldador Alan Fernando Caris, de 24 anos. O crime aconteceu no dia 7 de agosto, por volta das 23h55, na Rua Independência, no Parque Olaria, quando as duas vítimas estavam dentro de um VW Fox, pertencente ao porteiro.

De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens usando capacete, mas a pé, e vestindo roupas escuras, se aproximaram  e um deles chamou o soldador pelo nome. Em seguida, sacou uma arma e começou a atirar em direção ao interior do veículo.

“Preciso ver o laudo necroscópico para ver a quantidade de ferimentos e orientação dos tiros para saber se ele (o porteiro) foi lesionado por acidente ou como queima de arquivo, para eliminar uma testemunha”, disse o delegado Gelson Aparecido Barreto, titular do 1º Distrito Policial, responsável pela investigação.

“Isso é importante para a gente consolidar uma linha de investigação, mas que o objetivo era matar o Alan não resta dúvida”, disse. O delegado, no entanto, explica que não pode dizer, ainda, sobre que o teria motivado o crime para não prejudicar as investigações. Questionado se o caso poderia estar relacionado com o tráfico de drogas, disse que não. “Não é diretamente isso”, afirmou.

No dia seguinte ao crime, uma parente do porteiro, que pediu para não ter o nome divulgado, disse ao Liberal que Amaral foi chamado por Alan para fazer uma corrida e levá-lo até a casa dele. “O José Batista trabalhava de porteiro, mas nas horas vagas ele era ‘Uber’ particular. O Alan ligou para levar ele no Jardim Laudisse. Foi isso que aconteceu. Ele sempre levava o pessoal na farmácia, no mercado, era particular”, disse.

Essa tese, no entanto, foi questionada pelo delegado. “Qualquer pessoa pode solicitar uma corrida, mas quando chegar na frente de casa, a única coisa que vai fazer é pagar e entrar (em casa), não tem nada que parar e ficar conversando”, disse.

 Absolvido
 Alan Fernando Caris, ficou preso um ano acusado de participação no latrocínio (roubo seguido de morte) em que foi vítima o eletricista Sidney Claro Araújo, de 29 anos, em abril de 2018. Além dele, ficou preso pelo crime Israel Roberto Lúcio da Silva. Os dois foram absolvidos pela Justiça, porque imagens de câmeras de segurança de um condomínio mostraram que Alan e Sidney estavam, no momento do crime, a sete quilômetros de distância.

Publicidade