Viver próximo a uma área verde é uma das alegrias diárias de Kátia Ramos, auxiliar de 38 anos, e Ágata Ramos, estudante de 16. Mãe e filha frequentam o Parque do Araçariguama quase diariamente, onde fazem caminhadas e têm contato com a natureza.

“É um lugar com energia boa, onde nos recarregamos e aliviamos o estresse. Gostamos de vir de noite, de manhãzinha, nossa meta é vir todos os dias”, contou Kátia à reportagem, em uma manhã de sexta-feira. “É muito melhor do que caminhar em uma avenida ou em uma academia. No domingo o parque lota. Vem muita gente fotografar, meu sonho é fazer um ensaio aqui”, completa a filha.

O Parque do Araçariguama, um espaço aberto localizado no Jardim Itamaraty, é apenas um dos parques públicos de Santa Bárbara d’Oeste, cidade que se sobressai dentre as vizinhas da RPT (Região do Polo Têxtil) devido à quantidade e a diversidade de áreas verdes espalhadas pela sua extensão.

Além dele, há outros três: Ipês, Jacarandás e Taene. As quatro áreas de proteção da natureza e convívio dos moradores somam 254 mil metros quadrados, o que corresponde a 25,4 hectares e equivale a mais de 23 campos de futebol.

Sem contar as áreas de bem-estar e lazer, que também têm estrutura para atividades físicas e convívio, nos bairros São Francisco, Laudissi, Europa, Furlan, São Joaquim, Romano, São Fernando, Inocoop, 31 de Março, Orquídeas, Vila Rica, Pântano e Cedros.

Parque do Araçariguama

O Parque do Araçariguama completa 20 anos neste mês de dezembro. Ele aproveita o córrego do mesmo nome, que nasce na Fazenda Rochelle. É formado em uma área de 70 mil metros quadrados, com lagoa de 12 mil metros quadrados, sobre a qual foi construída uma ponte com 14 metros de comprimento por 2,1 metros de largura.

A estrutura do parque inclui quiosques, bancos, sanitários (embora estejam fechados), pista para caminhada, barras fixas para alongamento e exercícios, além de centenas de árvores. Há também um trecho da mata ciliar do córrego, com cerca de dois mil exemplares de várias espécies, incluindo árvores frutíferas.

A inauguração foi apenas quatro anos após a entrega do Parque dos Ipês à população em 1996, em área anexa ao Centro Social Urbano.

Eles ficam a cerca de 500 metros de distância um do outro, com entrada pela Avenida Corifeu de Azevedo Marques e fácil acesso dos bairros de toda a região central, bem como os jardins Conceição, Belo Horizonte, Sartori, Paulista, São Francisco e a Vila Godoy.

Parque dos Ipês

A construção do Parque dos Ipês, maior e mais antigo parque da cidade de Santa Bárbara d’Oeste, visava aproveitar a área alagadiça, que trazia riscos à comunidade. O local chegou a ser fechado para reformas, sendo reaberto em junho de 2008.

Sua extensão é de 72 mil metros quadrados, e o local reúne várias espécies de animais silvestres, atraídos pela qualidade do ambiente.

O contato com os animais, em especial com os patos e gansos, é uma das grandes vantagens que a autônoma Luciana Lima de Araújo, de 37 anos, destaca nas diárias visitas ao Parque dos Ipês.

“Eu venho quase todos os dias aqui, e eles já me conhecem. Quer dizer, conhecem o saquinho de milho”, conta Luciana, entre risos, alimentando os gansos.

“Venho fazer caminhada e já passo ali para pegar R$ 1 ou R$ 2 de milho, quase todos os dias. Percebo quando eles [os animais] se machucam com anzol de pesca, quando some ou aparece um diferente”, diz ainda.

A organização e limpeza dos espaços também foi elogiada à reportagem por um grupo de Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro, que visitava familiares no município barbarense e aproveitava para conhecer os parques e fazer turismo pelo interior paulista.

“Fomos no Araçariguama e aqui no Ipês. Aprovamos a limpeza, a organização, tem ciclofaixa, as calçadas são niveladas e bonitas”, diz o visitante Leonardo Bessa, funcionário público.

Já a ajudante de limpeza Hanielle Cristina Botelho de Araújo, de 38 anos, aproveitava o finalzinho da manhã, no mesmo parque, com o marido e os três filhos, de 16, 14 e 10 anos. “Hoje meu marido está de folga, e achamos gostoso e divertido vir aqui. As crianças espairecem um pouco, ainda mais agora que têm ficado muito tempo em casa, por conta da pandemia”, diz.

Parque dos Jacarandás

Próximo da hora do almoço, os adolescentes Lorraine Zuin e Natan Pereira, de 15 anos, aguardam amigos no Parque dos Jacarandás. “É gostoso aqui, eu venho caminhar e esses dias fiz um piquenique com a minha família”, detalha Lorraine.

Inaugurado em abril de 2016, o Parque dos Jacarandás tem 56 mil metros quadrados de área e está localizado na Rua do Estanho, no bairro Mollon IV, bem ao lado do Tivoli Shopping.

O parque atende especialmente à Zona Leste da cidade, região onde há uma conurbação com a cidade de Americana e estão localizados bairros como os jardins Mollon, Pântano, Esmeralda, Pérola e São Fernando.

A estrutura do Parque dos Jacarandás inclui pista de caminhada, ciclovia, academias ao ar livre, ‘playgrounds’, área para treinamento e quadras de basquete e vôlei, além de pista de skate, Teatro de Arena e outros equipamentos de lazer.

Parque Taene

“Moramos no Jardim Europa, viemos trazer os nossos sobrinhos de 5 e 8 anos para brincar e fazer fotos. Aqui os brinquedos são diferentes, são bem legais”, conta à reportagem a fisioterapeuta Paloma Dário Lima, de 27 anos, no Parque Taene, localizado na Avenida Bandeirantes.

O parque de 56 milmetros quadrados foi construído com investimento de R$ 2,3 milhões, como forma de contrapartida do loteamento Reserva Centenária, sem custo para o município.

A inauguração no dia 31 de outubro foi marcada pelos elogios dos usuários, especialmente pelas opções de entretenimento para todas as idades, incluindo minitirolesa, área de escalada, fonte de água interativa e espaço pets.

Cerca de um mês após a inauguração, a reportagem esteve novamente no local e presenciou o Parque Taene, especialmente na área onde estão os brinquedos, repleto de famílias.