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Santa Bárbara

Mulher que esfaqueou o marido em Santa Bárbara é solta pela Justiça

Contabilista Clóvis Luis Padoveze morreu após discussão na noite de terça-feira; esposa disse que ele iria agredi-la e que ela agiu em legítima defesa

Por George Aravanis

08 de abril de 2020, às 18h58 • Última atualização em 08 de abril de 2020, às 20h42

A mulher que deu uma facada no marido alegando legítima defesa foi solta pela Justiça nesta quarta-feira (8). Clóvis Luiz Padoveze, de 68 anos, morreu na noite desta terça-feira (7), em Santa Bárbara d’Oeste. A esposa diz que o atingiu com a faca quando ele partiu para cima dela para tentar agredi-la após uma discussão, na residência do casal, no Residencial Furlan.

Ela foi presa em flagrante ainda na terça, mas a Justiça concedeu liberdade provisória à mulher, mediante um termo em que ela se compromete a comparecer a todos atos do processo e que a proíbe de se ausentar da cidade por mais de oito dias sem autorização, segundo a assessoria de imprensa do TJ (Tribunal de Justiça).

Foto: Reprodução/Facebook
Clóvis chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos

Clóvis chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso. As investigações estão a cargo do delegado Gelson Aparecido de Oliveira Barreto, responsável pelo 1° DP (Distrito Policial) da cidade.

Ao LIBERAL, ele diz que não houve testemunhas do crime e que a esposa alega legítima defesa.

“O que eu tenho é a versão do boletim de ocorrência e a versão dela, de que estariam em casa ambos, pelo horário do almoço, tiveram uma discussão que teria sido por um motivo banal, de menos importância, restrito ao ambiente familiar, e ele teria manifestado intenção de partir para agressão contra ela”, disse o delegado.

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No boletim de ocorrência, a esposa relata que o marido veio em sua direção para agredi-la. Ela estava com os talheres na mão e alega ter usado uma faca de mesa, de cerca de 20 centímetros, para se defender.

Segundo o delegado disse ao LIBERAL, a facada atingiu a região da axila. A idosa, assustada, pediu socorro aos vizinhos, que acionaram o Corpo de Bombeiros.

Clóvis foi levado ao Pronto-Socorro Edison Mano e depois transferido ao Hospital Santa Bárbara, onde faleceu às 20h35 desta terça.

O delegado trabalha com a hipótese de que o contabilista morreu pela facada, mas irá aguardar o laudo médico do IML (Instituto Médico Legal), que determinará a causa de morte. O documento deve ficar pronto em 30 dias.

O sepultamento do corpo de Clóvis Padoveze ocorreu às 15h30 desta quarta-feira, no Cemitério Campo da Ressurreição. Ele deixa três filhos.

Clóvis era doutor em Controladoria e Contabilidade e mestre em Ciências contábeis. Atuou como professor de pós-graduação na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) e foi autor de livros. Recentemente, era membro do Conselho Fiscal da Fundação Romi.

Além da capa

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, que atende 599 municípios do interior de São Paulo, incluindo a RPT (Região do Polo Têxtil), já recebeu 490 denúncias de irregularidades trabalhistas relativas à Covid-19. O Além da Capa aborda o assunto nesta quarta-feira.

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