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Santa Bárbara

MP vai entrar com ação de improbidade contra vereador por invasão de PS

Felipe Corá é acusado de abuso de poder por ter entrado de forma “truculenta”, segundo a prefeitura, no PS Edison Mano

Por Leonardo Oliveira

27 de março de 2021, às 11h18

Felipe Corá foi internado com quadro de insuficiência respiratória - Foto: Reprodução

O MP (Ministério Público) de Santa Bárbara d’Oeste vai entrar com uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o vereador Felipe Corá (Patriota). Ele é acusado de abuso de poder por ter entrado, segundo a prefeitura, de forma “truculenta”, nas dependências do PS (Pronto-Socorro) Edison Mano, em janeiro.

A denúncia foi feita pela Prefeitura de Santa Bárbara, que também pediu uma investigação sobre o também vereador Eliel Miranda (PSD) pela mesma prática, ocorrida em diferente data, mas o promotor Leonardo Romano Soares entendeu que não havia provas para entrar com ação contra o parlamentar.

Na representação enviada ao MP, ao qual o LIBERAL teve acesso, a prefeitura afirmou que Corá entrou no PS, acompanhado de um cinegrafista e, de forma “intimidadora”, invadiu locais de atendimento para pacientes em tratamento do novo coronavírus (Covid-19) e que os filmou contra sua vontade.

“Fiquei surpreso ao receber o processo, afinal estive no pronto-socorro exercendo minha função como fiscalizador. Está claro que isso é um ato de intimidação na tentativa de me calarem. Querer cassar o mandato de um vereador por fiscalizar o serviço público, é um absurdo, uma inversão de valores”, disse Corá ao LIBERAL.

Para o promotor, a situação configura-se abuso de poder. Ele afirma que o poder de fiscalizar é da Câmara e não do vereador de maneira individual. As fiscalizações a repartições públicas só poderiam acontecer dentro de uma comissão especial aprovada pelos demais parlamentares, defende o representante do Ministério Público.

“A conduta de Felipe Corá configura evidente abuso de poder porque ingressou no PS de forma truculenta, acompanhado de outras pessoas, utilizando de intimidação contra servidores, ingressando em locais reservados, perturbando a execução do serviço e, o que é pior, filmando de modo não autorizado profissionais e pacientes”, escreveu o promotor.

O parlamentar ainda afirmou que está sofrendo “perseguição política”. “Não vou permitir que cassem meu mandato, fui eleito pelo voto popular e vou defender Santa Bárbara até o final”, disse.

Em caso de condenação, as penas para a improbidade administrativa podem chegar, nos casos mais graves, a perda do mandato e a suspensão dos direitos políticos.

Quanto a Eliel, houve uma recomendação para que ele não realize mais as visitas nos espaços públicos. “Em nenhum momento eu forcei a entrada ou menosprezei servidor. O que o Ministério Público falou eu acatarei na totalidade e continuarei, de maneira criativa, fazendo a fiscalização”, disse.

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