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Caso de 2012

Júri condena casal por planejar e matar homem em Santa Bárbara

Naftali Lima Batista teria planejado assassinato do próprio pai e foi condenada nesta quinta-feira junto com o marido Fábio Fernandes da Costa

Por Leonardo Oliveira

09 de agosto de 2019, às 07h59 • Última atualização em 09 de agosto de 2019, às 08h05

Após mais de dez horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Santa Bárbara d’Oeste condenou nesta quinta-feira Naftali Lima Batista e Fábio Fernandes da Costa pela morte do industriário Claudionor Batista, ocorrida em 2012. A vítima era pai de Naftali, e tinha relação conturbada com os familiares.

Enquanto a mulher recebeu pena de 22 anos, quatro meses e 24 dias de reclusão por homicídio duplamente qualificado, Fábio pegou 24 anos e nove meses pelo mesmo crime – ele também foi enquadrado por sequestro e cárcere privado, além ocultação de cadáver. Foi determinado o cumprimento da pena em regime fechado.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Naftali e Fábio durante o julgamento nesta quinta-feira: advogados de defesa disseram que vão recorrer da sentença

De acordo com a denúncia, a filha e o genro da vítima decidiram matar Claudionor, então com 57 anos, para ficar com o carro e uma quantia em dinheiro, além de “afastá-lo” do convívio familiar. A mulher dele chegou a ser denunciada no processo, mas acabou absolvida por falta de provas.

Testemunhas ouvidas afirmaram que Claudionor havia violentado a esposa, mãe de Naftali, por diversas vezes, e que possuía um comportamento agressivo dentro de casa. A irmã e a mãe dela contaram, em juízo, que no dia 18 de junho de 2012, a vítima foi tirada a força do imóvel por três homens.

Um deles era Fábio, que, a mando da namorada, reuniu dois indivíduos não identificados para ir até a residência da família, no Jardim Santa Rita, em Santa Bárbara, para “dar um fim” em Claudionor, que foi sequestrado, morto, e teve o cadáver ocultado em um pasto em Nova Odessa.

O corpo foi encontrado três anos depois, quando uma testemunha, que teve a identidade preservada, indicou onde ele teria sido deixado e contou detalhes de como Natali e o companheiro atuaram na morte de Claudionor.

A defesa dos acusados foi feita por advogados diferentes. Ambos disseram que vão recorrer da sentença. “Vamos apresentar recurso em segunda instância pedindo um novo júri, a absolvição ou redução da pena”, disse o advogado José Advogado Bonfim, que representa Naftali.

Na sentença, a juíza Camila Marcella Ferrari Arcaro escreve que Fábio tem participação em crimes gravíssimos na região, dentre latrocínios e sequestro de mulheres, e que a ocorrência revela quão perigoso, frio e calculista é o acusado.

Sobre Naftali, afirma que ela planejou acabar com a vida do próprio genitor e que, demonstrou “completa ausência de emoção e piedade para com o ente familiar.

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