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Santa Bárbara

Grupo que mantém Unimep tem pedido de recuperação judicial aceito

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul deu prazo de 60 dias para que grupo apresente um plano de pagamento das dívidas

Por Marina Zanaki

11 de maio de 2021, às 16h15 • Última atualização em 15 de julho de 2021, às 10h43

Por conta das dívidas, o grupo optou por desativar o campus de Santa Bárbara d’Oeste em fevereiro - Foto: Unimep/Divulgação

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aceitou o pedido de recuperação judicial do grupo Educação Metodista, mantenedor da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba). Por conta das dívidas, o grupo optou por desativar o campus de Santa Bárbara d’Oeste em fevereiro deste ano e reduzir os cursos oferecidos nas unidades de Piracicaba.

A recuperação judicial é uma tentativa de evitar o fechamento das portas de uma empresa com dificuldades financeiras. Ela consiste em uma consolidação das dívidas e apresentação de um plano para pagamento.

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Na decisão favorável à Educação Metodista, proferida pela 2ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça, a instituição recebeu um prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial. A elaboração desse planejamento será acompanhada por um administrador judicial, nomeado pelo juiz. Ao final do período, será apresentado à Justiça e aos credores.

“Com a aprovação do pedido de recuperação judicial, ganhamos fôlego para reestruturar a Educação Metodista a fim de restabelecer nosso equilíbrio financeiro e retomar o crescimento”, afirmou Mauricio Fontoura, diretor financeiro da instituição.

Segundo a Educação Metodista, o plano de recuperação judicial deverá apresentar propostas para a reestruturação do grupo e para o pagamento aos credores. A reorganização da instituição de ensino envolve ainda a implementação de um novo modelo de gestão e a desmobilização de ativos não-operacionais.

Em nota, a Educação Metodista disse que desde 2015 vem enfrentando uma redução significativa do número de alunos. A situação “provocou um forte impacto na receita e o consequente desequilíbrio financeiro. A crise das instituições metodistas de educação teve início com a mudança nas regras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e se acentuou com o cenário econômico de recessão dos últimos anos. A pandemia de Covid-19 agravou a situação da Educação Metodista”, disse a instituição.

“Diante deste contexto, o grupo educacional adotou todas as medidas possíveis para reduzir perdas e preservar escolas e instituições de ensino superior. Neste sentido, a Educação Metodista optou pela recuperação judicial a fim de manter suas atividades acadêmicas”, finalizou.

O LIBERAL apurou que a Unimep tem R$ 15 milhões em dívidas trabalhistas com a União. Os professores dos campi de Santa Bárbara d’Oeste, Piracicaba e Lins entraram em greve em novembro do ano passado, alegando atrasos nos salários e o descumprimento dos direitos trabalhistas desde meados de 2019.

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