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Santa Bárbara

Fechamento de empresas tem maior queda em Santa Bárbara

Outras 17 cidades da RMC também sofreram redução em 2020, incluindo os cinco municípios da Região do Polo Têxtil

Por Marina Zanaki

03 de fevereiro de 2021, às 08h42 • Última atualização em 03 de fevereiro de 2021, às 12h51

A cidade de Santa Bárbara d’Oeste viu o número de empresas que fecharam cair 42% no ano passado em relação a 2019. Ao longo de 2020, foram encerradas 440 empresas, contra 764 no ano anterior.

Essa foi a maior redução percentual observada na RMC (Região Metropolitana de Campinas) em levantamento realizado pela Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas) com base em dados da Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo).

Além de Santa Bárbara d’Oeste, outras 17 cidades da RMC também tiveram queda no fechamento de empresas no ano passado, incluindo os cinco municípios da RPT (Região do Polo Têxtil).

Sumaré teve redução de 29%, seguida de Hortolândia, com 27%. Americana e Nova Odessa viram o fechamento de empresas reduzir, respectivamente, 20% e 18%.

A diminuição no fechamento de empresas em pleno ano de pandemia chama a atenção, já que a economia tem sofrido com os impactos das restrições impostas para redução do contágio.

O economista da Acic, Laerte Martins, avaliou que o Benefício Emergencial, que permitiu a flexibilização de contratos ao longo de 2020 e a redução de custos com folha de pagamento, ajudou a impedir o fechamento de empresas. Muitas delas reduziram as atividades ou até mesmo demitiram, mas não fecharam as portas.

“Por força da pandemia, um grande número de empresas, entre elas micro e pequenas, ficou sem ter rentabilidade. O governo entrou com plano de financiar uma parte (dos salários). Esta medida segurou as micro e pequenas empresas que iriam fechar as suas portas”, afirmou.

Outra explicação de Laerte é que muitos empresários apostaram em tentar mudar o negócio ao invés de fechar as portas. Ele acredita que isso tenha ocorrido principalmente com a adoção do modelo delivery, e-commerce, e também em empresas de tecnologia e start-ups.

“Acabaram trocando a atividade por outra, o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Sendo assim, elas não fecharam e houve uma transferência, virando uma nova empresa”, sustentou o economista da Acic.

Por fim, Laerte lembra que a situação econômica em 2019 não era favorável, o que provocou o fechamento de várias empresas naquele ano.

No cenário nacional, a boa notícia também é que a produção industrial subiu 0,9% em dezembro ante novembro do ano passado, na série com ajuste sazonal, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a dezembro de 2019, a produção teve alta de 8,2%, o que demonstra uma boa recuperação.

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