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Santa Bárbara

Família reclama de tratamento no PS Edison Mano após morte de jovem

Bruna precisou ir três dias seguidos ao ps para ser internada e acabou falecendo um dia depois de completar 22 anos

Por Leonardo Oliveira

27 de agosto de 2020, às 11h41 • Última atualização em 28 de agosto de 2020, às 07h57

A jovem Bruna Rodrigues de Camargo faleceu na madrugada desta quinta-feira (27), em Santa Bárbara d’Oeste, um dia após completar 22 anos. Diabética, a suspeita é que ela tenha morrido em função de uma hipoglicemia, mas o atestado de óbito não havia sido liberado até a publicação desta reportagem.

A família reclama que ela precisou ir três vezes ao Pronto-Socorro Edison Mano para ser internada e que houve demora para conseguir uma vaga de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Bruna morava no Jardim Santa Rita de Cássia – Foto: Reprodução

Bruna sofria com diabetes e começou a passar mal na quinta-feira passada, com enjoo e vomitando. Neste dia, foi levada pela primeira vez até a unidade de saúde, quando foi medicada e liberada para voltar para casa, diz sua irmã, a dona de casa Daiane de Camargo Strapasson, de 32 anos.

Na sexta-feira, teria voltado para o Edison Mano e realizado um exame para detecção do novo coronavírus (Covid-19). O resultado veio negativo e, mais uma vez, Bruna foi liberada após remédios serem receitados à ela, de acordo com a irmã.

Segundo a irmã, Bruna começou a sentir tontura logo quando saiu do PS. “O marido dela a pegou e mesmo assim ele quis levar ela [embora]. Como ela tinha sido medicada, ele falou que devia ser o efeito do remédio”, contou ao LIBERAL.

A dona de casa não melhorou e retornou ao pronto-socorro no sábado, já com dificuldade para andar e até para se comunicar. Por isso, foi internada, passou por exames e entrou em coma, afirmou Daiane. “O médico falou que ela precisava de uma UTI, que o estado dela era grave e que a diabetes estava descontrolada”.

Os familiares então começaram a se mobilizar para conseguir uma vaga de UTI, e chegaram a apelar para vereadores e veículos de comunicação. Na segunda-feira, durante a noite, Bruna foi transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Bárbara.

“Ontem [quarta-feira] minha mãe foi visitar ela, foi aniversário dela. O médico veio conversar com a minha mãe falando que já tinha tirado a sedação dela. Até então tava todo mundo feliz. Quando foi hoje, 5 horas da manhã, o médico me ligou falando que minha irmã tinha falecido, que ela não aguentou, que deu hipoglicemia e faleceu”, relata.

A irmã diz ter ouvido de uma médica que foi receitado para Bruna remédios para casos suspeitos de Covid-19 mesmo depois que o exame deu negativo.

“Se desde do dia que minha irmã começou a se sentir mal eles tivessem aprofundado, investigado, eu acho que teriam uma resposta. Um pouco é culpa dos médicos por terem liberado minha irmã do jeito que estava”, defendeu.

A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara informou que todos os procedimentos pertinentes foram realizados. “A vaga de UTI foi solicitada no momento em que a equipe médica identificou essa necessidade, ocorrendo a transferência para a UTI do Hospital Santa Bárbara”. A pasta disse lamentar a morte.

O corpo de Bruna será velado no Velório Berto Lira e o sepultamento será no Cemitério Cabreúva.

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