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SEM NEGÓCIO

Faculdade de Santa Bárbara pede fim da greve; professores negam

Instituição pagou salário de abril, mas não atendeu outras reivindicações; greve segue por tempo indeterminado

Por Pedro Heiderich

12 de maio de 2021, às 17h33 • Última atualização em 13 de maio de 2021, às 15h15

A FAP (Faculdade de Santa Bárbara d’Oeste) enviou carta de intenções ao Sinpro (Sindicato dos Professores de Campinas e Região), pedindo o fim da greve dos professores na unidade, localizada no bairro Jardim Sousa Queiroz, iniciada segunda-feira (10).

Maioria dos professores optou por negar proposta e manter greve – Foto: Ernesto Rodrigues/ O Liberal

A instituição de ensino privado pagou o salário de abril dos professores, mas não se pronunciou sobre as outras reivindicações da categoria. São cerca de 30 professores e funcionários na faculdade em Santa Bárbara. A greve segue por tempo indeterminado.

O pedido da FAP, que pertence à Uniesp (Universidade Brasil), foi feito na sexta-feira (8) e votado pelos professores em assembleia no sindicato nesta segunda (10), rejeitado pela maioria, conforme relatado pelo Sinpro ao LIBERAL nesta quarta-feira (12).

“A Faculdade de Santa Bárbara d’Oeste efetuou o pagamento de salário de abril, fruto da mobilização dos docentes, mas não fez qualquer menção aos outros pagamentos atrasados e nenhuma alusão às demais reivindicações”, relata a diretora do Sinpro, Conceição Fornasari.

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Os professores pedem: fim dos atrasos salariais; pagamento das diferenças salariais dos reajustes de 2018 e 2019; regularização do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) não depositado e quitação das diferenças de salário de férias de 2020, com acréscimo.

O sindicato comunicou à instituição o resultado da assembleia, reforçou a intenção em negociar, desde que seja formalizada, por escrito, uma proposta da Uniesp para cumprimento das reivindicações.

Conceição destaca a importância da paralisação da categoria. “A greve deve ser fortalecida, é o único instrumento legítimo dos trabalhadores quando os direitos são desrespeitados e o diálogo democrático não se estabelece”.

Relembre o caso
Professores relataram em abril dificuldades financeiras à reportagem, redução salarial de 70% em dezembro e que a situação se agravou a partir de fevereiro, quando os salários pararam de ser pagos.

O Sinpro enviou notificações em 5 e 18 de março e em 23 de abril cobrando a instituição para que sanasse as irregularidades trabalhistas. Sem resposta, decidiram pela greve.

Alunos disseram que pagaram as mensalidades normalmente, afirmaram temer prejuízo e demonstraram apoio aos professores.

Por e-mail, a diretora da FAP, Luciane Marostegan informou no fim da tarde de quarta-feira (12), que a Uniesp, mantenedora da unidade, enviou uma nova proposta atendendo a todas as reivindicações.

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