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Santa Bárbara

Estudante faz vaquinha para reconstruir brechó da mãe

Guilherme Lopes, de 16 anos, organiza vaquinha virtual para ajudar sua mãe, que teve loja no Jardim Europa destruída em incêndio no último dia 11

Por Valéria Barreira

20 de julho de 2019, às 09h50 • Última atualização em 20 de julho de 2019, às 15h21

O estudante Guilherme Lopes, de 16 anos, iniciou uma campanha na internet, pelo vakinha.com.br/vaquinha/reconstruir-predio, para ajudar a mãe a reconstruir o brechó da família, destruído por um incêndio no dia 11, no bairro Jardim Europa, em Santa Bárbara d’Oeste. O prejuízo estimado foi de R$ 60 mil. “O brechó da minha mãe era o sustento da família”, disse o adolescente.

A campanha espera arrecadar R$ 30 mil para ajudar na reconstrução do prédio. O imóvel é alugado e fica na esquina das ruas Holanda e Portugal.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Até placa de sinalização foi queimada por fogo que atingiu brechó no Jardim Europa

Além de destruir o salão, o fogo também acabou com o veículo – uma picape Ford Pampa – que estava na garagem. Ainda não se sabe o que provocou as chamas, mas o prejuízo só não foi maior porque o fogo não atingiu o espaço onde ficam os móveis usados vendidos pela família.

A mãe de Guilherme, Elita Pires, de 52 anos, conta que montou o brechó logo que o filho nasceu. “Estamos há 16 anos no mesmo lugar”. Ela toca o negócio com a irmã, dois anos mais velha. Solteiras, fazem tudo sozinhas. “A gente carrega e descarrega os móveis pesados. As pessoas ficam até admiradas”, explica.

Mas, desde o incêndio elas enfrentam dificuldades para trabalhar. Embora o fogo não tenha chegado aos móveis, sem a picape o comércio segue devagar.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Até placa de sinalização foi queimada por fogo que atingiu brechó no Jardim Europa

“Não temos mais como ir buscar ou entregar móveis na casa dos clientes. Isso está atrapalhando bastante. O preço do carreto é alto e eles acabam desistindo de comprar”, explica Elita.

Sem o brechó de roupas e com a venda de móveis usados praticamente parada, as duas irmãs estão contando com a boa vontade das pessoas para recomeçarem. Elas ganharam as caçambas que estão sendo usadas para colocar o entulho retirado durante a limpeza do salão.

Foto:
Elita Pires, uma das donas de brechó destruída pelo fogo e mãe de Guilherme

Elita pede ajuda às pessoas que puderem colaborar com qualquer tipo de material de construção. “Aceitamos de coração qualquer coisa. Às vezes, a pessoa faz uma obra e sobra um pouco de pedra, areia ou um saco de cimento. Para a gente, tudo é bem-vindo”.

A comerciante se diz comovida com a atitude do filho em criar a vaquinha. “Ele está preocupado com a situação e quer ajudar”. A vaquinha foi aberta no último dia 16 e encerra no dia 20 de dezembro. Até ontem, não havia conseguido arrecadar nenhum valor.

“Eu vi que tem gente que faz para comprar computador, outro para pagar a lua de mel. Aí, tive a ideia de fazer para ajudar minha mãe. O dinheiro é importante para reconstruir o prédio e ela conseguir continuar trabalhando”, diz o adolescente.

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