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Pós-quarentena

Entidades elaboram estudo para evitar reabertura ‘tardia’ em Santa Bárbara

Objetivo é convencer o Estado de que Santa Bárbara tem condições de estar na retomada em 11 de maio

Por André Rossi

30 de abril de 2020, às 08h58 • Última atualização em 30 de abril de 2020, às 08h59

Entidades ligados ao comércio e indústria de Santa Bárbara d’Oeste trabalham na elaboração de um estudo para convencer o Governo do Estado de São Paulo de que a cidade tem condições de estar entre as primeiras autorizadas a reabrirem o comércio a partir do dia 11 de maio, quando termina a quarentena de combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Uma reunião foi realizada entre as partes na terça-feira e um novo encontro está agendado para esta quinta-feira. De acordo com o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Santa Bárbara d’Oeste, Nivaldo José da Silva, existe o temor de que a cidade não esteja entre as primeiras autorizadas pelo Estado a retomarem os serviços não essenciais.

Entidades acreditam que a cidade tem condições de estar entre as primeiras autorizadas a reabrirem o comércio a partir do dia 11 de maio – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Em reunião virtual com prefeitos na última terça-feira, o governador deixou claro que não haverá flexibilização antes do fim da quarentena. O cronograma de reabertura será anunciado no dia 8 de maio. A adesão da população ao distanciamento social é um dos fatores que influenciará nas cidades e regiões que serão autorizadas a retomarem o comércio.

“O isolamento social é fundamental. Cidades que estão mantendo o índice entre 60% e 70% serão cidades com mais oportunidades de flexibilização do que aquelas que não estão tendo o mesmo desempenho”, declarou Doria.

Em Santa Bárbara d’Oeste, o pico de adesão ao isolamento foi de 57% em três oportunidades: 29 de março, 10 de abril e 19 de abril, ou seja, abaixo da faixa com “mais oportunidades” de reabrir. Na terça-feira, o índice foi de apenas 43%. Os dados são do SIMI-SP (Sistema de Monitoramento Inteligente do Governo do Estado de São Paulo).

“Nós estamos elaborando um comparativo de Santa Bárbara com outras cidades que estão tentando reabrir. Limeira tentou, Atibaia tentou. Muitas cidades estão tentando e nós queremos mostrar qual é a posição de Santa Bárbara. (…) O que nós podemos fazer é juntar todas as informações e apresentar para o governador, prefeito, e que eles tentem entender a situação de Santa Bárbara, que não pode de maneira nenhuma ser comparada com Campinas, apesar de estarmos próximos”, explicou Nivaldo.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Bárbara d’Oeste, Miguel Brito, que foi convidado para participar da reunião, vê uma “possibilidade grande” de que a cidade não esteja entre as primeiras autorizadas pelo Estado a reabrirem o comércio.

“Esse temor é meu também. E é até uma possibilidade grande porque a gente está bem próximo do epicentro do país (em casos de Covid-19), que é a capital do Estado de São Paulo. Tem vias de acesso muito rápidas e fáceis de São Paulo pra cá. A Região do Polo Têxtil é muito perto de São Paulo. A gente considera essa possibilidade sim e até como provável, mas por enquanto a gente depende de definições do governo estadual”, disse Brito.

O secretário acredita que o estudo pode ser um instrumento para mostrar ao Estado que a cidade tem condições de retomar a rotina. A reunião da última terça-feira foi vista como algo positivo.

“O Estado está desenhando um plano, está aberto a sugestões dos municípios. Denis participou da reunião (de terça) e estão trocando ideias. O nosso papel aqui é municiar o nosso prefeito para que ele, nessas reuniões, possa municiar o governo do Estado com as peculiaridades locais para que a gente tenha o melhor plano possível”, explicou Miguel.

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