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Santa Bárbara

Defesa Civil retira 150 kg de peixes mortos do Ribeirão dos Toledos

Causa das mortes é desconhecida até o momento; moradores relatam cheiro forte e a presença de urubus na manhã desta segunda-feira

Por Leonardo Oliveira

19 de agosto de 2019, às 14h46 • Última atualização em 19 de agosto de 2019, às 14h55

Cerca de 150 quilos de peixes mortos foram retirados do Ribeirão dos Toledos, em Santa Bárbara d’Oeste, na tarde deste domingo (18). A estimativa é da GCM (Guarda Civil Municipal) e da Defesa Civil de Santa Bárbara. O órgão foi acionado na tarde deste domingo após reclamações dos moradores e atuou com um barco na retirada dos peixes.

Foto: Marcelo Rocha/O Liberal
Ainda era possível encontrar peixes mortos na manhã desta segunda-feira

Um boletim de ocorrência foi registrado pela Guarda na delegacia do município. No documento é informado que a ocorrência de peixes mortos tem sido percebida desde a última quinta-feira e que a causa “até o momento é desconhecida”. Eles foram encontrados boiando por toda a extensão do rio.

Um funcionário da Defesa Civil diz que não notou alteração na cor da água nem no odor emitido pelo ribeirão quando foi até o local para tirar os animais. A Secretaria de Meio Ambiente, DAE (Departamento de Água e Esgoto) e Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foram notificados sobre a ocorrência.

Estudos devem ser encomendados para atestar a qualidade da água e saber se algum produto químico foi despejado no ribeirão. Outra possibilidade apontada pela Defesa Civil é que, devido a baixa umidade do ar, pode ter faltado oxigênio aos peixes, ocasionando nas mortes.

O ajudante geral Antônio Sérgio, de 47 anos, mora próximo ao Ribeirão dos Toledos e vai nos finais de semana ao rio na tentativa de pegar alguns peixes. Neste domingo, no entanto, ele preferiu manter distância ao ver centenas deles mortos nas margens do rio. “Eu moro aqui há dois anos, nunca vi isso”, disse.

Natural de Belém, no Pará, ele chegou a Santa Bárbara d’Oeste há seis anos e tem na pescaria uma maneira de relembrar o seu antigo lar. Ele conta ainda com a companhia de outros pescadores da região. “Veio gente de longe que não sabia que os peixes estavam morrendo”, acrescendo”.

Na manhã desta segunda-feira ainda havia alguns peixes mortos no ribeirão, gerando um odor forte e atraindo a presença de urubus. “De manhã o cheiro é muito forte, não estava assim”, diz a costureira Jucélia Nunes, de 42 anos.

“A Secretaria de Meio Ambiente ressalta que nesta época do ano, por conta da estiagem, a oxigenação da água diminui. Além disso, técnicos da pasta fazem uma vistoria às margens do ribeirão para verificar algum possível descarte irregular”, diz a nota enviada pela prefeitura ao LIBERAL.

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