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Boas Histórias

Da terra à mesa: Santa Bárbara estimula crianças a comerem melhor

Escolas municipais barbarenses buscam despertar o interesse das crianças por legumes e verduras por meio de atividades compartilhadas

Por André Rossi

13 de novembro de 2019, às 09h49 • Última atualização em 13 de novembro de 2019, às 09h50

A Secretaria de Educação de Santa Bárbara d’Oeste desenvolve desde 2014 nas escolas da cidade ações de educação ambiental e nutricional através de hortas orgânicas e hortos com plantas medicinais. A ideia é envolver as crianças em todas as etapas, desde o cultivo, passando pela colheita e culminando no preparo das refeições.

O projeto começou com 15 escolas e hoje já atinge 40 das 53 unidades do município, tanto de ensino infantil quanto de ensino fundamental. As ações são desenvolvidas por meio do NEA (Núcleo de Educação Ambiental) Fioravante Luis Angolini e do Setor de Alimentação Escolar.

Foto: Prefeitura de Santa Bárbara
Crianças se envolvem desde o cultivo até o preparo dos alimentos

De acordo com a chefe do departamento pedagógico da Secretaria de Educação, Cláudia de Oliveira Daibello, o projeto surgiu para incentivar as crianças a se alimentarem de forma mais saudável. Uma das principais preocupações era superar a rejeição inicial aos alimentos.

“A aceitação agora é maior até pelo conhecimento. Os vegetais passam a não ser mais estranhos. Posso citar a Escola Maria Augusta, uma das primeiras que começaram o projeto e que está muito consolidado. É uma escola em que as crianças recebem muito bem esses alimentos porque fazem parte da rotina deles”, explica Cláudia.

Os alunos ajudam na plantação, regam, tiram os matinhos e fazem a colheita. Depois, supervisionados pelas nutricionistas e cozinheiras, ajudam no preparo dos pratos, como bolos, panquecas, sucos, chás, entre outros.

A coordenadora do NEA, Gilmânia Paiva, diz que a previsão é que todas as escolas de ensino fundamental tenham sua própria horta no ano que vem. Entretanto, a medida não é impositiva e depende do interesse de cada unidade.

Foto: Divulgação
Forma como o alimento é apresentado aos alunos das escolas municipais procura o tom lúdico

A forma como o alimento será apresentado para as crianças também é diferenciada. Nesta semana, por exemplo, os alunos da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Professora Neuza Carleto, no Jardim Pérola, experimentaram a panqueca da “Lady Bug”, feita de beterraba, e a panqueca do “Hulk” com bertalha e espinafre.

Umas das nutricionistas do setor de alimentação escolar envolvida no projeto é Luciana Malta Baroni. A profissional explica que existe uma preocupação em preparar o alimento de forma não convencional.

“A beterraba na dieta comum de todo brasileiro sempre é servida em forma de salada. Nós fazemos um trabalho não só com as crianças, mas também com as merendeiras, de que aquele alimento também pode ser utilizado de outras formas. Com a beterraba nós elaboramos panqueca, bolo, preparamos suco. A gente oferece essa ferramenta de aproveitamento de forma diferente do mesmo tipo de alimento”, explica.

Já a questão de atrelar de forma lúdica a refeição a um personagem de desenho animado ou quadrinhos visa despertar o interesse dos alunos.

“Para as crianças menores, eu sempre busco trabalhar elas com personagens de desenho infantil, acho que tem uma ótima aceitação. Trazê-las para fazer o preparo da refeição também tem um resultado ótimo porque aí tem um outro sabor a comida, foi o sabor de que ela mesmo fez”, completa a nutricionista.

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