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Em Santa Bárbara

Comissão sugere que servidor mostre seringa cheia antes de aplicação da vacina

Relatório ainda sugere que prefeito sancione lei que obriga a divulgação de dados dos vacinados

Por Leonardo Oliveira

26 de fevereiro de 2021, às 18h02 • Última atualização em 26 de fevereiro de 2021, às 18h07

A comissão criada pela Câmara de Santa Bárbara d’Oeste para acompanhar a imunização contra a Covid-19 enviou um documento para a prefeitura sugerindo, entre outras coisas, que os servidores mostrem a seringa cheia antes de vacinarem os pacientes.

Vereadores entregaram documento para secretário de Saúde adjunto, Rodrigo Ito – Foto: Câmara Municipal / Divulgação

Seria uma maneira dos imunizados se certificarem de que realmente estão sendo vacinados, evitando episódios ocorridos em Maceió-AL e Goiânia-GO, onde houve denúncias de que o imunizante foi aplicado com a seringa vazia.

Um documento foi produzido pela comissão, formada pelos vereadores Esther Moraes (PL), Bachin Jr. (MDB) e Nilson Araújo (PSD), a partir de vistorias realizadas pelos próprios parlamentares em todas as seis UBSs (Unidades Básicas de Saúde) onde há a aplicação da vacina.

Também foi colocado que a prefeitura sancione o projeto de lei que obriga o município a divulgar, todos os dias, dados das pessoas vacinadas contra a Covid-19 na cidade. Com o intuito de evitar os casos de fura fila, a proposta foi aprovada pelos vereadores no início do mês, mas ainda não está valendo, pois precisa que o prefeito dê o aval.

O aumento na segurança nos postos de saúde que recebem vacinas também foi trazido ao debate, lembrando o episódio desta quinta-feira envolvendo a UBS do Laudisse/Romano, que teve a fiação furtada, o que pode ter causado a perda de 49 doses da vacina.

“Nós realizamos várias reuniões com a Secretaria de Saúde, com diferentes segmentos e recebemos munícipes. Essa sugestão surge dessas conversas. Uma dessas sugestões é com o intuito de evitar aglomerações nos postos de saúde, é garantir a segurança no processo de vacinação”, disse ao LIBERAL a presidente da comissão, Esther Moraes.

Os vereadores apontaram problemas estruturais na UBS da Vila Grego, como a sobrecarga na linha telefônica da unidade, o que dificulta os agendamentos de vacinas, a falta de ar-condicionado na sala onde ocorre a imunização, sugerindo a mudança a vacinação para um local ao ar livre, como em prédios de faculdades da cidade.

“Em visita a campo constatamos que as funcionárias responsáveis por aplicarem as vacinas ficam dentro de uma sala quente, com pouca ventilação e com vários EPI’s de proteção que, apesar de serem necessários, contribuem para o aumento do calor, tornando o ambiente de trabalho não adequado para as funcionárias e também para os pacientes que por ali passam”, diz o documento.

Ainda foram sugeridos estudos para incluir na prioridade de vacinação todas as pessoas que comprovem diagnóstico de doença crônica grave e os servidores da área da educação.  A reportagem questionou a prefeitura sobre os apontamentos da comissão, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.

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