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AJUDA

Comissão quer acompanhar situação de famílias carentes em Santa Bárbara

Vereadora quer plano contra fome e pretende mapear estado das 29 mil famílias que receberam auxílio

Por Pedro Heiderich

28 de abril de 2021, às 16h28 • Última atualização em 28 de abril de 2021, às 20h34

Com a criação aprovada pelos vereadores na sessão desta terça-feira (27), a Comissão de Enfrentamento à Miséria e à Extrema Pobreza quer acompanhar a situação das 29 mil famílias carentes que receberam auxílio emergencial no ano passado em Santa Bárbara d’Oeste.

Esther pede políticas públicas para amparar famílias necessitadas – Foto: Reprodução/Facebook

Um requerimento da vereadora Esther Moraes (PL) permite a criação da comissão para acompanhar famílias carentes da cidade, visando elaborar diagnóstico de miséria e pobreza extrema em Santa Bárbara. Depois disso, a intenção é criar plano municipal de combate à fome e frentes de trabalho.

A comissão terá dois outros vereadores, que serão indicados pelos partidos, e deve começar a atuar dentro de 15 dias. O prazo inicial de atuação da comissão é de 90 dias, mas pode ser prorrogado.

Segundo Esther, estimativa aponta que 29.012 famílias barbarenses receberam o auxílio emergencial de 600 reais, que parou de ser entregue pelo Governo Federal em dezembro.

“Precisamos entender se essas famílias foram mapeadas, como se encontram nesse momento, se foram redirecionadas para outros programas sociais de transferência de renda e segurança alimentar”, detalha.

Todas as famílias em vulnerabilidade social devem ser acompanhadas. “A comissão irá realizar um levantamento dessas famílias e entender o que a prefeitura, a Secretaria de Promoção Social tem mapeado”, relata ao LIBERAL.

A vereadora já preside outra comissão do Legislativo, que acompanha a campanha municipal de vacinação contra o coronavírus (Covid-19).

Esther diz o principal objetivo da nova comissão. “A pandemia do coronavírus acentuou muitas desigualdades e milhões de famílias foram para a linha da pobreza, também em Santa Bárbara. É necessário que o prefeito e os vereadores entendam que é responsabilidade nossa o combate à fome e a construção de políticas públicas de emancipação social”, alerta.

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A vereadora encerra cobrando ações do poder público. “ Tenho visto com meus próprios olhos dispensas vazias, quando vou visitar bairros mais vulneráveis da nossa cidade. Por quê essas famílias ainda não foram amparadas pelo Poder Público? Onde estamos falhando?”.

Segundo dados do Ministério da Cidadania, 39,9 milhões de pessoas vivem na extrema pobreza no Brasil. Esther relata ainda a crescente demanda de munícipes em busca de cestas básicas na Câmara, após não conseguirem alimentos no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

“Todas as ações de políticas públicas se concretizam nas cidades. É nos municípios que tudo acontece, onde os diferentes serviços são oferecidos”, explica no requerimento, ressaltando a necessidade de se estruturar um Plano Municipal de Combate à Fome e à Extrema Pobreza.

PREFEITURA LISTA AÇÕES

Questionada, a prefeitura disse que, desde o início da pandemia do coronavírus, entregou mais de 30,5 mil cestas básicas para famílias cadastradas, famílias em situação emergencial por conta da pandemia e entidades parceiras. Houve ainda a entrega de cerca de 5 mil kits higiene pessoal e mais de 13 mil litros de leite por meio do Programa Viva Leite.

A nota ressalta trabalho da rede municipal de educação, com o cartão alimentação – que repassou R$ 1,5 milhão às famílias carentes. Foram atendidas 11 mil famílias, com 115 mil kits alimentação.

Por fim, o Executivo cita a campanha “Alimento do Bem”. Até o momento foram arrecadados 1.096 quilos de alimentos não perecíveis, 134 litros de leite e 54 cestas básicas. Os itens podem ser entregues nas Unidades Básicas de Saúde do Mollon, Laudissi/Romano, São Francisco 2, Grego/Furlan, Cidade Nova e Europa, Ambulatório Médico de Especialidades, supermercados e pontos de vacinação.

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