28 de março de 2024 Atualizado 15:12

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Liberal Voluntário

Amparo e acolhimento guiam os trabalhos da Rede Feminina

Há 45 anos em Santa Bárbara d'Oeste, instituição oferece suporte a quem precisa de tratamento contra o câncer

Por Valéria Barreira

28 de julho de 2019, às 08h09

Quando um paciente procura pele Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Bárbara d’Oeste ele chega trazendo na bagagem ansiedade, medo da morte e isolamento social. Está muitas vezes confuso, perdido, sem saber onde procurar ajuda, mas nesse momento descobre que bateu na porta certa. As palavras amparo e acolhimento definem o trabalho da instituição e fazem a diferença nesse momento de fragilidade.

“Nós o acolhemos e vemos de que forma podemos ajudá-lo. Nós tentamos aliviar seus problemas, facilitar o seu caminho e assim lhe dar um pouco de paz e tranquilidade para ele focar e ser o protagonista da cura”, diz a superintendente da instituição, Carla Eliana Bueno. Segundo ela, a Rede existe em Santa Bárbara d’Oeste há 45 anos para cuidar de pessoas com câncer e suas famílias através de projeto psicossocial de atenção integral e sistêmica ao paciente.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Carla: ajuda para aliviar problemas e dar um pouco de paz para o paciente

“Não cuidamos da doença. Curar a doença não cabe ao terceiro setor. Cuidamos da pessoa e sua família porque o câncer acomete a família toda”, diz. Segundo ela, o projeto oferece apoio social, emocional, nutricional, de enfermagem e fisioterapia, além de capacitação técnica e oficinas de convivência e fortalecimento de vínculos.

“Essas oficinas são importantes porque estimulam o convívio e a percepção pelo paciente de que existem outras coisas além do câncer. Além disso, através da criatividade e da arte ele pode descobrir um talento e uma habilidade que não sabia que tinha”.

Em 2017, a instituição foi considerada pela Revista Exame como uma das 100 melhores ONGs (Organizações Não-Governamentais) do país. Atualmente, atende 34 crianças e adolescentes e 220 pacientes adultos, a maioria mulher (60%).

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Pessoas podem ajudar a entidade com doações

O apoio engloba o suporte básico com a ajuda em medicação e suplementação alimentar (os pacientes que usam sondas recebem suplementação integral) e ajuda com o transporte de crianças e adolescentes ao Hospital Infantil Boldrini, em Campinas. As viagens são diárias. Às vezes mais de uma vez por dia. O paciente e um acompanhante são pegos e devolvidos em casa.

Apoio

A Rede possui uma equipe de 16 funcionários e 60 voluntários. A parceria com a prefeitura equivale e a R$ 5 mil de ajuda mensal, 3% do custo operacional da instituição, sendo Carla.

Para complementar a receita, ela mantém equipe de telemarketing para captar doações, recebe créditos da Nota Fiscal Paulista, renda do brechó e bazar de artesanato permanentes, além de campanhas específicas e de participar de editais de projetos como o do McDia Feliz.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Rede possui uma equipe de 16 funcionários e 60 voluntários

A campanha realizada anualmente garante a manutenção de todo o atendimento prestado. Toda a renda da venda antecipada para compra do Big Mac é revertida à entidade. Eles estão à venda na instituição e com as voluntárias.

Como Ajudar:

  • Doando cabelos para confecção de perucas
  • Doando roupas e alimentos
  • Sendo voluntário
  • Comprando os artesanatos vendidos no bazar
  • Divulgando a causa
  • Adquirindo os tickets antecipados da campanha McDia Feliz
  • Depositando ou transferindo qualquer valor parar: Banco do Brasil: 001, Agência: 6657-5, Conta Corrente: 1020-0, CNPJ: 04.257.862/0001-55.

‘É a minha segunda casa’, diz voluntária

Gislene Aparecida Marcos define a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Bárbara d’Oeste como a sua segunda casa. A história da família com a instituição começou há 12 anos, quando Camili Vitória Poltronieri, filha de Gislene, foi diagnosticada com talassemia mayor.

A dona de casa conta que soube do trabalho oferecido pela Rede através de uma amiga. Na época, Camili tinha 8 meses e ia três vezes por semana ao Hospital Infantil Boldrini para tratamento. “Eu precisava vender rifas para bancar os custos da viagem. Era gasolina, pedágio, almoço. A gente não tinha condições e estava muito difícil manter o tratamento dela”.

Foto: Marcelo Rocha / O Liberal
Gislene, com a filha Camili, virou voluntária da Rede Feminina

Gislene era balconista, mas precisou deixar o emprego para poder cuidar da filha. “O apoio da Rede foi fundamental. Dois dias depois de procurar a entidade, o transporte da Camili estava liberado e eu também passei a ter acesso a todo apoio oferecido pela instituição, incluindo o acompanhamento psicológico. Isso também foi muito importante”.

Camili está perto de completar 13 anos e ainda frequenta o Boldrini. A mãe conta que a doença da filha não tem cura e ainda hoje utiliza o transporte oferecido pela Rede Feminina de Combate ao Câncer para ir ao hospital. A menina também frequenta os grupos de apoio e as oficinas oferecidas pela instituição. “Digo que é minha segunda casa por esse motivo. Em tudo o que eu preciso, eles me ajudam”.

Atualmente, a dona de casa também atua como voluntária da instituição. Ela ajuda a produzir os artesanatos vendidos no bazar permanente e durante a campanha McDia Feliz se empenha na venda dos bilhetes antecipados.

“Há seis anos, sou a voluntária que mais vende”, comemora. Tanto empenho em colaborar, segundo Gislaine, foi a forma que ela encontrou de retribuir a ajuda. “Somos como uma família. Quando um precisa, o outro está sempre pronto para socorrer”, conta.

Dados para contato:

Rede Feminina de Combate ao Câncer (sede)
Rua Santa Cruz, 420 – Vila Pires
3455-2303
contato@redefemininasbo.org.br

Espaço Dona Rosinha Wakabara (brechó, bazar e oficinas de artesanato)
Rua Pedro Álvares Cabaral, 346 – Santa Terezinha
Segunda a sexta, das 12h às 17h.

Publicidade