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FALTA DE CHUVA

Vazão do Rio Piracicaba fica 40% abaixo da média em Americana

Segundo prefeituras da região, cenário tem dificultado o tratamento de água; principal motivo é a falta de chuvas

Por Gabriel Pitor

12 de setembro de 2024, às 08h02 • Última atualização em 13 de setembro de 2024, às 16h35

O trecho do Rio Piracicaba próximo ao Parque Aimaratá, em Americana, apresentou na manhã desta quarta-feira (11) uma vazão 40% abaixo da média para o mês, segundo relatório da Sala de Situação do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí).

O cenário também foi constatado em outros pontos do leito, o que tem dificultado o tratamento de água, de acordo com prefeituras da região.

Nesta quarta, o Rio Piracicaba, no trecho próximo Parque Aimaratá, apresentou vazão de 13,95 m³/s – Foto: Marcelo Rocha/Liberal

Diariamente, às 7h, agentes dos Comitês PCJ fazem a medição da vazão dos rios que compõem a bacia. Essas informações são compiladas e disponibilizadas no site da Sala de Situação, que é uma repartição dos comitês.

Nesta quarta, o Rio Piracicaba, no trecho próximo Parque Aimaratá, apresentou vazão de 13,95 m³/s. O valor é 40% menor que a média para os dias de setembro, que é de 22,99 m³/s. A série histórica da instituição teve início em 2017.

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Outros pontos do leito também tiveram baixo volume por segundo. Em Santa Bárbara d’Oeste, foi medido 13,89 m³/s, sendo que a média para o mês é de 26,49 m³/s.

Já em Piracicaba a situação é ainda mais preocupante. Dentro do município, onde a média é de 55,32 m³/s, foi constatada uma vazão de 16,64 m³/s. Por sua vez, no distrito de Ártemis a medição foi de 16,73 m³/s e a média é de 66,87 m³/s.

Segundo os comitês e as prefeituras, o principal motivo para a “seca” do rio é a falta de uma sequência de dias chuvosos.

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Chuvas

O Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura), da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), tem expectativa de precipitações entre o próximo domingo (15) e segunda (16) devido à chegada de uma frente fria, bem como para a segunda quinzena deste mês

“Provavelmente, teremos um quadro mais favorável de umidade na atmosfera para chuvas com maior regularidade. Ainda assim, é possível que a gente feche setembro com chuvas abaixo da média”, afirmou Bruno Bainy, meteorologista do Cepagri.

Com a persistência da seca, a situação do rio tem dificultado o tratamento de água. O DAE (Departamento de Água e Esgoto) de Americana e o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) de Piracicaba apontaram que a baixa vazão também diminui a qualidade da água, necessitando de mais insumos no processo e mais lavagens dos filtros.

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Em Americana, segundo o departamento, não há risco de falta de água devido a um barramento construído em 2020, no Parque Nova Carioba. Por sua vez, Piracicaba faz 80% da captação no Rio Corumbataí e Santa Bárbara utiliza represas.

A Sala de Situação do PCJ ainda emitiu um alerta para que usuários evitem despejar cargas poluidoras no rio, já que a qualidade da água e a vida aquática são mais facilmente afetadas por conta da baixa vazão.

Erramos

Diferente do que foi divulgado inicialmente, a vazão do trecho do Rio Piracicaba próximo ao Parque Aimaratá, em Americana, não ficou 60% abaixo da média para o mês, mas, sim, 40%.

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