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Região

Vacina pentavalente está em falta na rede pública de saúde da RPT

Ela previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por haemophilus influenza; clínica particular cobra entre R$ 210 e R$ 230

Por George Aravanis

04 de setembro de 2019, às 21h09

Foto: João Carlos Nascimento - O Liberal.JPG
A vacina é comprada pelo governo federal e repassada aos Estados, que enviam o imunizante aos municípios

Ao menos quatro cidades da RPT (Região do Polo Têxtil) estão sem vacina pentavalente na rede pública de saúde. Em Americana, as últimas doses acabaram nesta semana. Em clínicas particulares da cidade, O LIBERAL encontrou a dose por R$ 210 e R$ 230.

A vacina é comprada pelo governo federal e repassada aos Estados, que enviam o imunizante aos municípios. Só que os últimos lotes recebidos pelo Brasil foram reprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde). O imunobiológico era adquirido de um laboratório indiano e a análise apontou resultado insatisfatório. O Ministério da Saúde resolveu não distribuí-los. Os primeiros lotes foram rejeitados em maio.

A pentavalente previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por haemophilus influenza tipo b. Deve ser aplicada às crianças em três doses: aos 2, 4 e 6 meses.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nos últimos meses o governo federal tem enviado vacinas em quantidade insuficiente e de forma irregular. O Ministério da Saúde não informou quando a entrega será regularizada. Disse que recebeu de outro laboratório em agosto uma parcela de novos lotes, que passam por análise e, se aprovados, serão distribuídos. Informou ainda que enviou, em julho, 400 mil doses aos Estados, 88 mil delas a São Paulo.

A Prefeitura de Americana não divulgou qual a demanda mensal, mas informou que a última remessa, enviada em 1º de agosto, com 320 doses, é insuficiente à necessidade. Os imunizantes acabaram nesta semana.

O governo municipal de Santa Bárbara d’Oeste não esclareceu se tem ou não a vacina. Diz apenas que não recebeu o lote do mês e que foi informado que não receberá. Em agosto, aplicou 480 doses. Em março, por exemplo, foram 757.

Em Nova Odessa, que recebia cerca de 300 unidades por mês, a pentavalente não chega há aproximadamente 30 dias.

Em Sumaré, a situação estava normal até maio, com cerca de 1,4 mil doses aplicadas mensalmente. Desde junho, o estoque está zerado e a cidade não recebe mais, diz a prefeitura. Sumaré e Americana afirmaram ter recebido do governo federal a informação de que a expectativa é normalizar o fornecimento em outubro.

Em Hortolândia, que aplica cerca de 950 doses por mês, a vacina está em falta desde o mês passado.

Enquanto isso, a procura cresce na rede particular, que oferece o medicamento de outros laboratórios. Roseley Picasso, enfermeira e proprietária de uma clínica em Americana, afirma que a demanda aumentou em torno de 20% a 30%. “As pessoas têm procurado em função de estar faltando”, afirmou Roseley.

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