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Segurança

Um é multado a cada meia hora por falta de cinto na região

De janeiro a maio deste ano, 7.140 motoristas foram autuados na região; especialista alerta para a falta de percepção de risco

Por André Rossi

30 de junho de 2019, às 08h55 • Última atualização em 30 de junho de 2019, às 08h57

De janeiro a maio deste ano, uma pessoa foi multada a cada meia hora por dirigir sem cinto de segurança nas cinco cidades da RPT (Região do Polo Têxtil). O levantamento foi feito pelo LIBERAL com base nas multas aplicadas pelas guardas municipais, Detran (Departamento Estadual de Trânsito) e PMR (Polícia Militar Rodoviária).

No total, 7.140 motoristas da região foram autuados em 2019 por este motivo. A penalidade ocorre tanto por dirigir sem cinto quanto por permitir que um passageiro não utilize o equipamento de segurança.

Foto: João Carlos Nascimento / O Liberal
Multa para quem anda sem é de R$ 195,23; infração é considerada grave

A infração é considerada grave, de acordo com o CTB (Código de Trânsito Brasileiro). O motorista que for enquadrado perde cinco pontos na CNH (Carteira Nacional de Habitação) e tem de pagar multa no valor de R$ 195,23. É possível recorrer.

A cidade que liderou a região neste tipo de infração foi Sumaré, com 3.145 multas. Na sequência aparece Americana, com 1.454. O município com o menor número de advertidos foi Nova Odessa, 399.

De 2017 até maio de 2019 foram 39.754 multas na RPT. Sumaré também lidera, com 11.395 infrações no período. Santa Bárbara d’Oeste está na segunda posição, com 10.643 multas. Novamente, Nova Odessa é a “lanterna”, com 3.948 no acumulado.

De acordo com o presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, José Aurélio Ramalho, da base de Indaiatuba, a principal causa para a desobediência é a falta de percepção de risco dos motoristas em relação ao trânsito.

“Não só o cinto, mas o uso do celular, excesso de velocidade, não usar cadeirinha quando transporta criança. O motorista não tem a percepção de risco. É isso que deveria ser passado na autoescola. Ao invés de ficar ensinando placas para passar no exame, a gente devia ensinar para o indivíduo percepções de risco para que ele possa mudar o comportamento”, avalia Ramalho.

No começo deste mês, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), enviou um projeto de lei para o Congresso Nacional com o objetivo de acabar com a multa para quem transporta crianças fora de cadeirinhas de retenção. O texto, que ainda está em tramitação, estipula que o condutor receba apenas uma advertência. O especialista cita esse exemplo para ilustrar seu ponto.

“A mãe está ali no trocador, pega a fralda, pomada, roupinha, mas não desvia a atenção um segundo do trocador porque ela percebe risco da criança cair. A mesma mãe coloca protetor na janela (de casa), na tomada. É a mesma mãe que coloca a criança solta no banco de trás do carro. Qual a diferença? Ela não percebe risco”, alertou.

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